A nova bandeira tarifária começa hoje, dia 1º de outubro; no patamar 2, há um custo extra de R$ 7,87 para cada 100 kWh consumidos
Contudo, a chegada da bandeira vermelha pela Aneel vem depois de uma longa sequência de bandeiras verdes, iniciada em abril de 2022. Em julho de 2024, a bandeira amarela ativada. A primeira bandeira vermelha veio no mês de setembro, no patamar 1, como resultado das secas que se alastraram na Região Sudeste e Centro-Oeste.
O impacto das bandeiras tarifárias no consumo de energia
O sistema de bandeiras tarifárias, introduzido pela Aneel em 2015, foi criado para informar os consumidores sobre os custos variáveis da geração de energia.
Dessa forma, ele é determinado pela disponibilidade de recursos hídricos, pela adoção de fontes renováveis e pelo acionamento de termelétricas, que possuem um custo mais alto de operação.
Com essa sinalização, o consumidor tem a chance de ajustar seu consumo e, assim, evitar surpresas na conta de luz. Sob a regra anterior, os consumidores só percebiam o aumento no custo da energia nos reajustes anuais, sem a oportunidade de reagir em tempo real às variações nos preços.
A Aneel destaca a importância da conscientização e do uso eficiente da energia, mesmo em momentos de bandeira verde. Por isso, a adoção de medidas de economia ajuda a preservar recursos naturais e garantir a sustentabilidade do setor elétrico no longo prazo.
Bandeira vermelha pode impactar a inflação
A nova cobrança tem um impacto direto na inflação, que pode fechar o ano acima da meta do Banco Central (BC) que é de 3%, sendo o piso de 1,5% e teto de 4,5%.
A inflação acumulada nos últimos 12 meses até julho bateu 4,5%, ou seja, o teto da meta. Pelo Boletim Focus divulgado ontem, a projeção para o IPCA de 2024 subiu pela sétima semana seguida, passando de 4,25% para 4,26%, ainda sem considerar o efeito da bandeira vermelha nas contas de luz.
Fonte: exame