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Lei que troca "serviço" por "assistência social" no ECA entra em vigor, a câmara aprovou a proposta em outubro de 2023. Foto: agência senado

Lei que troca “serviço” por “assistência social” no ECA entra em vigor

Nova lei autoriza o ECA ao substituir “serviço social” por “assistência social”, ampliando a atuação dos conselhos tutelares

Passou a valer (24) a lei que determina a substituição da expressão “serviço social” por “assistência social“, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A Lei 15.268/2025 foi sancionada pelo presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, e publicada no Diário Oficial da União (DOU).

A lei tem origem no projeto de lei 8.251/2017 da deputada Maria do Rosário (PT-RS), que altera a lista das atribuições do conselho tutelar. Sobretudo, com o novo texto, o órgão pode solicitar “serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança”.

Tramitação.

A câmara aprovou a proposta em outubro de 2023.

Já no senado, o texto passou pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) em outubro deste ano, em caráter terminativo. O senador Fabiano Contarato (PT-ES), relator do projeto, defendeu que “assistência social” é mais abrangente do que “serviço social”.

“A alteração não é mero preciosismo terminológico. Com a mudança proposta, a interpretação literal deixará de subsidiar respostas negativas a demandas formuladas por conselhos tutelares em favor de crianças ou adolescentes, reduzindo sensivelmente esse risco”

Sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

Em conclusão, confira quando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi criado.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), criado em 13 de julho de 1990, representa um avanço histórico na garantia dos direitos humanos de crianças e adolescentes no Brasil. Inspirado na Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, o ECA adota o princípio da proteção integral, reconhecendo crianças e adolescentes como sujeitos de direitos e não apenas como objetos de tutela.
Além disso, ele estabelece que família, sociedade e Estado têm responsabilidade compartilhada na promoção de condições dignas para o desenvolvimento físico, emocional, social e educacional de pessoas até 18 anos.

O estatuto organiza diversos direitos fundamentais, como saúde, educação, lazer, cultura, profissionalização, convivência familiar e comunitária, além de proteção contra violência, exploração e negligência. Por outro lado, também define regras para adoção, medidas socioeducativas, responsabilização em atos infracionais e políticas de atendimento. O ECA cria sistemas e conselhos específicos para garantir acompanhamento, controle social e implementação de políticas públicas voltadas ao público infantojuvenil.

Ao longo dos anos, o ECA se tornou referência internacional e base para inúmeras políticas sociais brasileiras. Ele continua, contudo, sendo fundamental para orientar ações governamentais e promover igualdade, dignidade e segurança para milhões de crianças e adolescentes, assegurando seus direitos e reforçando a importância da cidadania desde a primeira infância.

Fonte: congresso em foco