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Projeto de lei inspirado no caso Larissa Manoela prevê violência patrimonial dos pais em relação aos bens e investimentos dos filhos Foto: Reprodução/redes sociais

Violência patrimonial: Câmara aprova projeto de lei inspirado em Larissa Manoela; entenda

Projeto de lei prevê violência patrimonial por parte dos pais

Projeto de lei inspirado no caso Larissa Manoela, que sofreu violência patrimonial dos pais com relação a seus bens e investimentos, foi aprovado (25) pela Câmara dos Deputados. O texto agora segue para o Senado.

O projeto de lei caracteriza “condutas abusivas” por parte dos pais em relação ao patrimônio dos filhos. Nesse sentido, em 2023, a atriz Larissa Manoela relatou em entrevista o afastamento dos pais por discussões sobre dinheiro. A família gerenciava a parte financeira da carreira e este foi o motivo, contou ela.

Na época dos acontecimentos, a atriz rompeu relações com os pais juridicamente e assim, abriu mão de um patrimônio estimado em R$ 18 milhões.

O diz o projeto?

De autoria da deputada federal Silvye Alves (União-GO), o projeto de lei 3914/23 visa amparar a gestão indiscriminada de bens de crianças e adolescentes. Além disso, também prevê o proveito econômico dos filhos por parte dos pais.

Assim, até dois anos depois de atingir a maioridade, os filhos poderão exigir dos pais a prestação das contas relativas à gestão, bem como à administração que eles exerceram sobre os seus bens. Já os pais deverão responder pelos danos e prejuízos que tenham causado.

Desse modo, o texto adiciona que, em casos em que a administração dos pais possa causar perigo ao patrimômio dos filhos, o Ministério Público (MP) ou o próprio filho podem comunicar à Justiça.

Segundo o projeto, juiz poderá então determinar

  • Restrição de acesso aos recursos financeiros para garantir sua utilização em benefício da criança ou adolescente
  • Constituição de reserva especial de parcela dos recursos financeiros para preservar o patrimônio
  • Realização de auditoria periódica nas contas, bens e investimentos relacionados

O projeto de lei que teve inspiração na atriz foi aprovado como substitutivo, ou seja, com modificações da relatora, a deputada federal Rosangela Moro (União-SP), que excluiu a tipificação penal, adicionando que os casos sejam resolvidos por medidas judiciais.

Além disso, a proposta também fala sobre empresas constituídas por qualquer dos pais em conjunto com os filhos.

Os pais não podem

  • Vender ou renunciar a direitos relacionados a cotas e participações de empresas, objetos preciosos e valores mobiliários
  • Contrair em nome dos filhos menores de idade obrigações que ultrapassem os limites da simples administração

 

Fontes: cnn, Agência Câmara dos Deputados