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Índice inflação oficial de agosto deve contar com a ajuda dos combustíveis em queda , e a desaceleração do preço de alimentos

Inflação deve ter novo recuo devido a redução nos combustíveis

Índice da inflação oficial de agosto deve contar com a ajuda dos combustíveis em queda , e a desaceleração do preço de alimentos devido à queda da cotação de commodities no exterior

As reduções de impostos e ajustes de preço de algumas commodities como combustíveis e os alimentos devem continuar derrubando a inflação. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o resultado de agosto do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país. A expectativa dos analistas é que o indicador venha pelo segundo mês consecutivo no campo negativo, após recuo de 0,68% em julho.

A projeção do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) é de que o índice recue 0,52%. O coordenador dos Índices de Preços do instituto, André Braz, disse que a deflação dos alimentos deve ser o grande destaque do mês. “A novidade que devemos ter é uma descompressão da inflação dos alimentos, sustentada pela desaceleração das grandes economias. Esses países vão crescer menos e a demanda menor por commodities vai acabar impactando no preço dos alimentos”, afirmou.

Em suma o Ibre divulgou alguns indicadores, ontem, que antecipam o que está por vir. O Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou queda de 0,55% em agosto. Já o Índice de Preços ao Consumidor  Semanal (IPC-S), que calcula a variação de preços de produtos e serviços em sete capitais do país, registrou recuo no grupo alimentação, que passou de 0,07% na semana anterior para -0,04% ontem.

A conjuntura global das commodities têm influenciado a queda principalmente do preço dos grãos, efeito que deve ser visto nos próximos indicadores de inflação. “É um ponto importante, principalmente para as famílias de baixa renda, que comprometem grande parte do orçamento com a compra de alimentos. Esse cenário deve perdurar ainda por um tempo, pois a desaceleração das principais economias do mundo mal começou”, avaliou.