Corumbá é o município pantaneiro com maior número de focos de calor todos os anos
Desde 1º de junho, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul realiza uma das maiores forças-tarefas de combate e prevenção aos incêndios no Pantanal. A ação ocorre por meio da Operação Hefesto, que nesta terça-feira (21), já completou 81 dias. Foram empregados 510 homens e 88 viaturas, seis aeronaves (Air Tractors e helicópteros), com apoio da Marinha, Exército, Imasul, Defesa Civil, policias civil e ambiental e prefeituras.
A operação é coordenada a partir de Corumbá, município pantaneiro com maior número de focos de calor todos os anos. Além do cenário crítico, com seca mais intensa do que em anos anteriores devido a crise hídrica, Corumbá concentra a maioria dos incêndios em razão de sua extensão territorial (64 mil km²). Trata-se do 11º maior município do Brasil. A principal base operacional de prevenção e combate aos focos foi instalada nesta cidade.
“Estamos combatendo os incêndios florestais com muito recurso operacional. Contudo a situação é crítica por vários fatores. Seca prolongada e intensa, crise hídrica severa e uma geada no meio do ano, secou ainda mais a vegetação. Mesmo nestas condições extremas, estamos controlando os incêndios. Entretanto, são em número menor do que nos dois últimos anos”, informou o coronel Hugo Djan Leite, comandante-geral do Corpo de Bombeiros.
Combate aéreo terá 900h de voo para incêndios no Pantanal
Relatório divulgado nesta terça-feira pela corporação apontou, no entanto, o número de 3.150 focos de calor de janeiro a setembro de 2021. Ou seja, é menor do que em 2019 (-30,89%) e em 2020 (-42,64%), no mesmo período. Isso apesar das condições climáticas terem se agravado. Em relação a área queimada, a extensão destruída até o momento é 778 mil hectares. Assim também é inferior a 2019 (801 mil hectares) e 2020 (956 mil hectares) – 0,60% e 16,69%, respectivamente.
O comandante do Corpo de Bombeiros de MS ressaltou, ainda, que outra situação adversa são as fortes rajadas de vento, que favorecem a propagação dos focos de calor. Contudo, explicou que o Governo do Estado investiu na estrutura da corporação. Assim, contratou 500 horas de voo para operacionalizar o combate aéreo, e todo o efetivo dos bombeiros e equipamentos estão na linha de frente. “A Defesa Civil acaba de viabilizar a contratação de mais 900 horas de voo”, adiantou.