Segundo o Serasa Experian, em julho, empresas bateram recorde de CNPJs negativados
Segundo dados da Serasa Experian, no mês de julho a inadimplência de empresas bateu novo recorde, chegando a 8 milhões de CNPJs negativados. Os dados mostram um aumento de 200 mil empresas inadimplentes ante o ano anterior.
Sobretudo, no comparativo com exatamente um ano antes, em julho de 2024, foi registrado um crescimento de 1,1 milhão de pessoas jurídicas inadimplentes, segundo dados do Indicador de Inadimplência das Empresas, elaborado pela Serasa Experian.
Além do volume de companhias endividadas em patamar o recorde, o valor médio da dívida também chegou na sua máxima histórica. A R$ 3.302,30, com média de 7,3 dívidas por empreendimento. Juntas, todas as dívidas somam R$ 193,40 bilhões.
A maior parte das empresas inadimplentes são as pequenas e médias, que representam 7,6 milhões do total de 8 milhões de CNPJs afetados. Juntas, concentraram 54 milhões de dívidas negativadas, somando R$ 174,1 bilhões.
Setor de serviços lidera em CNPJs negativados
Olhando na divisão setorial, o setor de serviços acumula a maior parte dos CNPJs negativados em julho, respondendo por 54,1% do total. Na sequência, apareceram os segmentos de comércio (33,7%) e indústria (8%).
O indicador agrupa demais categorias como “outros” – contemplando companhias do ramo financeiro e do terceiro setor – que representaram 3,2%, enquanto o setor primário completou a lista com 1%.
“As empresas têm contraído dívidas cada vez mais altas, muito por conta do ambiente de juros elevados e a concessão de crédito mais criteriosa, o que deixa o ambiente está mais restritivo para renegociações de dívidas e prazos”, explica a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack.
“Observamos que o segundo semestre pode ser ainda mais crítico para os negócios. Com as projeções de desaceleração na atividade econômica exercendo uma pressão ainda maior nos ganhos e na margem de lucro, principalmente para aquelas de menor porte”, completa.
O levantamento considera como uma companhia em situação de inadimplência toda aquela que possui ao menos um compromisso vencido e não pago. Apurado no último dia do mês de referência.
Produção industrial recua em 7 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE em julho ante junho
A produção industrial recuou em sete dos 15 locais pesquisados em julho ante junho. Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 12.
Houve perdas no Paraná (-2,7%), Bahia (-2,6%), Minas Gerais (-2,4%), Pará (-2,1%), Mato Grosso (-1,6%), Região Nordeste (-1,1%) e Ceará (-0,3%), o Amazonas registrou estabilidade (0,0%).
Por fim, na direção oposta, houve expansão no Espírito Santo (3,1%), Rio Grande do Sul (1,4%), Santa Catarina (1,1%), Rio de Janeiro (1,0%), Pernambuco (0,9%), São Paulo (0,9%) e Goiás (0,5%). Contudo, na média global, a indústria nacional recuou 0,2% em julho ante junho.
Fonte: istoédinheiro