Volume de importação de fertilizantes chega a quase 90%
No Brasil do agronegócio gigante, os produtores rurais sofrem com uma fragilidade ímpar. Quase 90% do volume de importação de fertilizantes utilizados no solo nacional são importados. “Nenhum outro país com o nosso tamanho ou uma capacidade de produção de alimentos como a nossa tem uma dependência desse porte,” diz Gustavo Horbach, CEO da Eurochem para a América do Sul.
Com a guerra entre Ucrânia e Rússia, o risco de ficar sem um insumo primordial para agricultura do País acendeu o sinal vermelho. Desde então, novos investimentos estão em curso e antigas unidades paralisadas voltaram ao radar.
Mas o Brasil tem em seu subsolo os minerais que tanto o agronegócio precisa? Não se sabe ao certo. Falta, sobretudo, mapeamento geológico no País para saber onde estão esses insumos. Nesse sentido, outro gargalo vem da frente ambiental. Responsável por 20% das emissões do agronegócio, o setor de fertilizantes precisa descarbonizar seu processo produtivo ao mesmo tempo que almeja crescer a produção nacional.
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Brasil registra aumento nas importações de fertilizantes em 2024
As importações brasileiras de fertilizantes bateram o recorde dos últimos cinco anos em 2024. Hove desembarque nos portos brasileiros de 44,3 milhões de toneladas, um crescimento de 8,3% em comparação aos 40,9 milhões no mesmo período do ano anterior. A informação consta na edição de janeiro do Boletim Logístico, divulgado (29) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Pelo porto de Paranaguá, chegaram ao país de janeiro a dezembro de 2024, 11 milhões de toneladas contra 10,3 milhões no mesmo período de 2023. Já pelos portos do Arco Norte, foram 7,52 milhões em 2024 em comparação a 5,97 milhões do ano anterior. Por Santos, entrou um total de 8,88 milhões de toneladas no ano passado, comparadas a 8,56 milhões em igual período de 2023.
O Boletim Logístico informa ainda que o principal produto cultivado no país, a soja, apresentou um aumento de exportações pelos portos do Arco Norte. Por fim, em dezembro passado, foram expedidos por estes portos, 34,8% das exportações nacionais, superando os 33,8%, no mesmo período do ano passado.
Fontes: Brazil Journal e Conab
