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A imobilização tem uma influência direta na perda de massa muscular, perda de amplitude de movimento, entre outros problemas.

Imobilização do osso, será que precisa mesmo?

O que a ciência mostra em relação à imobilização para várias doenças é que, se utilizada em excesso, pode mais atrapalhar do que ajudar

Imobilização já foi talvez o princípio mais nobre da ortopedia. Para que um tendão, ligamento ou osso pudesse recuperar, era um consenso de que o membro/a articulação deveria ser imobilizada. Mas isso mudou, e muito (e que bom que isso aconteceu!).

Contudo,  na medicina avança com ciência, evidências científicas. O que elas nos mostraram em relação a imobilização para várias doenças é que, se utilizada em excesso, pode mais atrapalhar do que ajudar.

A imobilização tem uma influência direta na perda de massa muscular, perda de amplitude de movimento, aumento de sensibilidade local, sensação de rigidez, perda de equilíbrio, entre outros problemas. Essas repercussões podem demorar muito tempo para normalizar após o período de imobilização, ou até mesmo não recuperar nunca.

Ciência e opinião

Não estou aqui defendendo que a imobilização deve ser abandonada em todos os casos. Mas, não é isso. É que devemos racionalizar o seu uso e entender as sérias repercussões que advém do seu uso.

Nesse caminho, temos para várias condições o uso de tratamento funcionais. O tratamento funcional significa tratar alguma patologia de modo a fazer com que o paciente retorne o mais precocemente possível para as suas atividades cotidianas. E afinal, não é isso que todos queremos?

Por isso, nesse contexto de funcionalidade, a imobilização é utilizada de maneira inteligente, limitando os movimentos que precisam ser limitados, permitindo aqueles que podem ser permitidos, liberando o apoio no chão de forma precoce e interrompendo a imobilização definitivamente assim que seguro.

Um exemplo muito interessante da utilização dessa ideia é o tratamento das torções do tornozelo. Mas, antigamente, imobilizar os pacientes com gesso e impedi-los de pisar no chão era o tratamento mais recomendado.

Sendo assim, hoje em dia, o apoio precoce é necessário e a imobilização em muitos casos pode ser feita apenas com uma tornozeleira. Bacana né? E o que é mais importante, essa forma mais “agressiva” de se tratar esse problema gera melhores resultados e traz mais benefício aos pacientes.

Fonte: Dr. Tiago Baumfeld/uai