Ibovespa cai em fevereiro com interferência dos cenários externo e interno
O Ibovespa cai em fevereiro a 2,58% e dólar sobe a R$ 5,91, como resultado de eventos no exterior e no Brasil. No cenário externo, houve uma piora para os ativos de risco, com a discussão entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Mas hoje (5/3) o dólar voltou a cair para R$ 5,80.
No cenário interno, a indicação da deputada Gleisi Hoffmann (PT-SP) à Secretaria de Relações Institucionais (SRI) foi muito mal recebida pelos investidores. O cargo é responsável pela articulação política do governo. Assim, os agentes temem que pautas econômicas (em especial de corte de gastos) agora tenham mais dificuldade de progredirem.
Ibovespa cai em fevereiro e registra recuo de 1,60%
O Ibovespa B3 fechou o pregão (28) em forte queda, recuando 1,60%, aos 122.799 pontos, impactado pelo rebalanceamento do MSCI Brazil, pela véspera do feriado de Carnaval e pelo mau humor dos investidores domésticos. Antes de mais nada, o gatilho foi a nomeação da deputada Gleisi Hoffmann.
Na semana passada, o Ibovespa recuou 3,41% e encerrou fevereiro em baixa de 2,58%.
Juros
Os juros futuros encerraram o pregão (28) em forte alta, o que levou os vértices intermediários e longos da curva a termo de volta ao patamar de 15%. Isso ocorreu após passarem a maior parte de fevereiro na casa dos 14%.
A ampla adição de prêmio de risco às taxas ocorreu principalmente por conta da indicação da presidente do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR). A parlamentar foi indicada para comandar a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), ministério responsável pela articulação política do governo.
Ao fim do pregão, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2026 subiu de 14,81%, do ajuste anterior, para 14,98%; a do DI de janeiro de 2027 avançou de 14,78% para 15,055%; a do DI de janeiro de 2029 saltou de 14,725% a 15,045%; e a do DI de janeiro de 2031 teve alta de 14,82% a 15,13%.
Dólar atualmente registra o maior patamar em mais de um mês
O dólar à vista encerrou a sessão (28) em forte alta, avançando 1,5% frente ao real, cotado a R$ 5,9162.
No acumulado da semana passada, o dólar registrou valorização de 3,24%, enquanto no mês a alta acumulada foi de 1,35%.
Dólar hoje
Com o feriado por aqui, as atenções logo ficam voltadas para o exterior, onde os mercados já estão na ativa. Assim, o destaque fica, mais uma vez, com os desdobramentos do “tarifaço” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Bolsas de NY
Após uma sessão volátil, os principais índices de ações de Nova York encerraram o dia (28) em firme alta, contudo, acumularam perdas na semana (28) e no mês de fevereiro.
No fechamento, o índice Dow Jones subiu 1,39%, aos 43.840,72 pontos, o S&P 500 avançou 1,58%, aos 5.954,41 pontos, e o Nasdaq teve alta de 1,63%, aos 18.847,279 pontos.
Na semana, as bolsas acumularam ganho de 0,95% e perdas de 0,98% e 3,47%, respectivamente. Já no mês, a desvalorização foi de 1,58%, 1,43% e 3,97%.
Bolsas da Europa
Os principais índices de ações da Europa fecharam em direções opostas (28), por consequência do peso das novas atualizações da agenda tarifária de Donald Trump.
Em contrapartida, o FTSE 100, da Bolsa de Londres, teve alta em meio a especulações de que o Reino Unido e os EUA chegarão a um acordo comercial favorável. Após uma reunião com Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, Trump disse que ambos poderiam chegar a um consenso e assim, evitar as tarifas que serão aplicadas a outros países.
No fechamento, o índice Stoxx 600 caiu 0,11%, aos 556,48 pontos. O FTSE 100 subiu 0,61%, aos 8.809,74 pontos, e o DAX, de Frankfurt, ficou estável, aos 22.551,43 pontos.
O CAC 40, de Paris, teve leve alta de 0,11%, aos 8.111,63 pontos.
Na semana (28), as bolsas tiveram ganhos de 0,62% (Stoxx 600), 1,74% (Londres) , 1,18% (Frankfurt) e queda de 0,53% (Paris), respectivamente. Já no mês de fevereiro, os índices acumularam alta de 3,29%, 1,54%, 3,77% e 2,03%.
Fontes: B3 | G1
