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O vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, Zhao Chenxin, afirmou, que grãos dos EUA podem ser facilmente substituídos. Foto: Divulgação

Grãos dos EUA ‘são facilmente substituíveis’, diz China; venda de soja do Brasil cresce em meio à guerra comercial

O governo da China afirmou que grãos produzidos pelos EUA, como soja e milho, podem ser facilmente trocados, veja mais detalhes a seguir sobre

A agência de notícias Bloomberg disse que a China afirmou que pode substituir facilmente os grãos produzidos pelos EUA, como a soja, o milho e o sorgo.

O vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, Zhao Chenxin, fez a afirmação (28) a jornalistas.

“Mesmo sem as compras dos EUA, não haverá muito impacto no fornecimento de cereais à China”, complementou Chenxin.

A declaração ocorre em meio a uma guerra comercial iniciada neste mês pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que impôs taxas de importação a diversos parceiros comerciais.

Para a China, as tarifas chegam até 245%. Desse modo, como resposta, Pequim taxou 125% as importações americanas.

Quem está ocupando o espaço do mercado norte-americano na China é o Brasil, maior exportador de soja para a China

Cerca de 40 navios com soja brasileira devem atracar no porto chinês de Zhoushan em abril, um aumento de 48% em relação ao ano passado.

A emissora estatal chinesa CCTV divulgou a informação em uma rede social nesta segunda-feira. Segundo a CCTV, o Brasil descarregará 700 mil toneladas de soja em abril, um aumento de 32% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) mostram que houve uma alta de 7% nas vendas de soja em grão para a China, entre janeiro e março deste ano, em relação a igual período de 2024.

“A China passou a diversificar suas fontes de grãos nos últimos anos e passou a comprar mais soja brasileira, à medida que a guerra comercial desencadeada pelas tarifas do presidente Donald Trump torna inviáveis ​​as compras de safras dos EUA”, disse Chenxin.

Sobretudo, a China começou a reduzir as suas compras de soja dos EUA durante o primeiro mandato de Trump. Que, na época, também iniciou uma guerra comercial com o país.

Por fim, na semana encerrada em 17 de abril, a China comprou apenas 1.800 toneladas de soja dos EUA. Contudo, após 72.800 toneladas na semana encerrada em 10 de abril, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA.

Fonte: g1