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As musicistas Nária Santos e Laís Fujiyama na Concha formam o duo “Femme Lounge”

Governo de MS revitaliza espaços culturais em Campo Grande

Entre as obras previstas estão as reformas da Concha Acústica, Marco (Museu de Arte Contemporânea) e Centro Cultural José Octávio Guizzo

O governo do Estado vai promover a revitalização de uma série de espaços culturais da cidade, com o objetivo de resgatar o cenário da música regional, teatro e arte moderna. Entre as obras previstas estão as reformas da Concha Acústica, Marco (Museu de Arte Contemporânea) e Centro Cultural José Octávio Guizzo.

Os investimentos, nesse sentido, fazem parte do projeto “Retomada MS”. O governador Reinaldo Azambuja, portanto, visa recuperar os setores do turismo e cultura, que foram mais prejudicados durante a pandemia do coronavírus, devido as medidas de restrições das atividades no Estado.

Na Concha Acústica, localizada no Parque das Nações Indígenas, haverá uma reforma no valor de R$ 120 mil para revitalização da parte externa. Ficam os palcos e arquibancadas. A intenção, portanto, é tornar o local mais agradável e confortável para o público e àqueles que vão se apresentar.

Expectativa da estreia

A musicista Laís Fujiyama vive a expectativa de fazer sua estreia nos palcos da Concha Acústica. Ela, portanto, lembra que desde os 15 anos frequenta o local, mas antes ficava na plateia e agora será atração principal. Junto com Nária Santos, elas formam o duo “Femme Lounge”, que foi um dos selecionados para o “Som na Concha 2021”. Fará, nesse sentido, apresentações virtuais a partir de setembro.

“Aqui vou reviver meus tempos de juventude, fiquei muito feliz quando fui selecionada e será maravilhoso se apresentar neste local, que já passou grandes artistas e instrumentistas. A Concha, dessa maneira, é um espaço que valoriza o artista regional, que muitas vezes a população não conhece o trabalho”, descreveu Fujiyama.

Laís também comentou sobre a obra de reforma no espaço. “Será muito importante, já que com a estrutura mais adequada dará mais conforto tanto para quem toca, quanto ao público que vem aqui assistir. Esta obra, enfim, vai tornar a experiência melhor”.

Retorno dos espetáculos nos espaços culturais

Outra obra importante, nesse sentido, será a revitalização do Centro Cultural José Otávio Guizzo e o Teatro Aracy Balabanian. Terá, nesse sentido, o investimento de R$ 5,5 milhões. Localizado na área central da Capital, além das grandes apresentações, o objetivo é retomar as aulas de dança, teatro e música.

Quem lembra com saudades do espaço é a professora de teatro, Amélia Rocha, que deu aulas no local de 2005 até 2016. “Minha turma era aos sábados das 9h até às 12h. Formaram-se, portanto, vários atores que hoje são profissionais. Tínhamos apresentações o ano inteiro, com espetáculo final aqui no Teatro”.

Centro Cultural

Sua história com o Centro Cultural, em suma, começou na década de 80, quando o espaço foi inaugurado. “Tive o prazer de conhecer a Aracy Balabanian, que veio para estreia do Teatro. Também tínhamos, no entanto, um projeto que trazia vários alunos para conhecer o teatro infantil. O local lotava de estudantes, era uma maravilha”.

Para Amélia a reforma e retorno das atividades será um ganho para toda população e um “sonho realizado” da classe artística. “O Teatro (Aracy Balabanian) faz muita falta, toda a classe espera ansiosa a volta dos espetáculos, apresentações e oficinas, neste espaço que é especial para o campo-grandense.

Volta das exposições

Neste pacote de benfeitorias para espaços culturais, o governo do Estado também vai reformar o Museu de Arte Moderna (Marco), com investimento de R$ 130 mil para pintura do local e mais R$ 56.720,00 na troca do telhado da unidade. Precisa, dessa forma, de reparação. A intenção é voltar as exposições e retomar projetos antigos, como a vinda de estudantes da rede pública para conhecer as obras  de arte.

Quatro anos à frente do Museu, a artista plástica Lúcia Monte Serrat ressaltou que a reforma é fundamental e traz esperança de muitas atividades no espaço. “O Marco, portanto, é uma grande missão na minha vida. Mesmo já aposentada aceitei este desafio porque antes de ser artista sou uma arte-educadora, acredito no trabalho da cultura junto à educação, na formação das crianças e cidadãos”.