O governo federal marcou (29) uma reunião de emergência com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, para discutir os desdobramentos da Operação Contenção, ação policial realizada (28) nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em 121 mortes, o maior número já registrado em uma operação no estado.
Operação Contenção e repercussão
Forças de segurança do governo fluminense conduziram a ofensiva, provocando forte repercussão devido à dimensão da tragédia e às denúncias de excessos. Segundo o governo federal, não houve qualquer solicitação de apoio ou comunicação prévia do Rio de Janeiro sobre a realização da operação. Por outro lado, o ministro Ricardo Lewandowski também confirmou não ter recebido pedido formal de cooperação antes da ação.
Transferência de presos e ameaça de ataques
O ministro Rui Costa autorizou (28) a transferência de dez presos para penitenciárias federais, atendendo a um pedido do governador. As autoridades apontam, contudo, que esses detentos teriam planejado, de dentro das cadeias, uma série de ataques coordenados, incluindo bloqueios de rodovias e sequestros de ônibus em diferentes regiões da capital fluminense, o que contribuiu para o cenário de caos na cidade.
Reunião emergencial na Casa Civil
A crise foi discutida em uma reunião emergencial na Casa Civil, em Brasília, com a presença do presidente em exercício Geraldo Alckmin e dos ministros Gleisi Hoffmann (PT), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania) e Sidônio Palmeira (Comunicação), além do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos. O encontro teve como objetivo avaliar as consequências da operação e definir medidas para conter a escalada de violência.
Monitoramento e atuação das forças federais
O governo federal informou, em nota, que monitora a situação e que as forças federais estão à disposição para colaborar em ações de segurança pública. Desde que haja solicitação formal. A Operação Contenção, porém, foi integralmente planejada e executada por órgãos estaduais.
Debate sobre letalidade policial e próximos passos
O episódio, contudo, reacendeu o debate sobre letalidade policial no Rio de Janeiro e levou o Palácio do Planalto a buscar uma resposta coordenada com o governo estadual. Diante das pressões por apuração das mortes e por mudanças na condução de operações de segurança. Sobretudo, a reunião desta quarta deve definir próximos passos conjuntos entre União e estado para conter a crise e evitar novos confrontos de grande proporção.
Fonte: Governo federal





