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Em meio a protestos por várias razões, o Google confirmou que não vai renovar o aluguel de seu escritório em São Francisco, Califórnia.

Reformulação: Google confirma saída de seu escritório em São Francisco

O aluguel da dona do Android, no entanto, veio antes disso, em 2018

Em meio a protestos por várias razões, o Google confirmou que não vai renovar o aluguel de seu maior escritório em São Francisco, Califórnia. Os donos do espaço de quase 30 mil metros quadrados (m²) já foram notificados da decisão.

A empresa, no entanto, não vai abandonar a cidade completamente, já que ela mantém um outro escritório no Spear Tower, na Praça One Market. Decididamente, esta estrutura é menor, mas para onde os funcionários da tão-logo-fechada propriedade devem migrar.

Um porta-voz da empresa confirmou a novidade ao jornal local San Francisco Chronicle, citando a “intenção de investir no setor imobiliário de maneira inteligente” como razão para a saída. O motivo exato, no entanto, não divulgado por decisão interna da companhia.

O valor pago em aluguel pelo Google nunca divulgado termos contratuais tendem a proteger essa informação do olho público– mas a empresa Ascendas Real Estate Investment Trust comprou o edifício em 2020 por US$ 560 milhões (quase R$ 2,9 bilhões). O aluguel da dona do Android, no entanto, veio antes disso, em 2018.

Google escritório São Francisco

A iniciativa parece seguir o curso de um anúncio feito pela empresa de Mountain View em fevereiro do ano passado: à época, o Google confirmou que estava investindo cerca de US$ 500 mil (pouco mais de R$ 2,5 milhões) em um processo que chamou de “secagem”. Essencialmente, a empresa estava pagando para uniformizar linhas de produção e reduzir custos operacionais, o que, na prática, levou ao fechamento de vários escritórios ao redor do mundo.

Acabou o hype? Empresas de tech estão fugindo de São Francisco

Antes a “menina dos olhos” de qualquer empresa de tecnologia emergente, a cidade de São Francisco vem passando por um êxodo corporativo ainda sem igual em sua história. Na década de 2010, marcas como Uber, Airbnb, Dropbox, Salesforce e até mesmo a própria Meta investiram em escritórios na região, levando a um boom imobiliário que jogou os preços do setor para cima.

Antes da pandemia, a cidade já foi a mais cara dos EUA para aluguel de moradia, cortesia de sua proximidade com empresas de alto potencial empregador. Hoje, no entanto, o crescimento do home office fez com que muitos trabalhadores preferissem abrir mão de seus aluguéis caros em virtude do trabalho remoto e qualidade financeira e de vida em

Outras regiões – São Francisco nunca se recuperou de fato desse golpe, e era questão de tempo até que algumas empresas decidissem que, sem funcionários para jogar videogame ou nas mesas pingue-pongue dentro de escritórios cheios de amenidades, não haveria motivo para se manter tais escritórios.

Hoje, segundo dados da firma imobiliária CBRE, o volume de empresas em São Francisco caiu drasticamente. Não só boa parte delas deixou a cidade, como as que ficaram, reduziram suas estruturas: antes da pandemia, a cidade via uma ocupação de quase um milhão de metros quadrados – hoje, esse número caiu para aproximadamente 770 mil.

No Brasil, o Google mantém dois escritórios: um na zona sul de São Paulo, em uma ponta da Avenida Brigadeiro Faria Lima – um dos corações financeiros da capital paulista – e outro em Belo Horizonte, na Avenida dos Andradas. Ao menos neste primeiro momento, a redução de estrutura imobiliária da empresa parece não ter atingido suas operações no Brasil.

Fonte: tudocelular