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Confira como a modelo Gisele Bündchen construiu um império em seu nome e revolucionou a moda mundial. Foto: Reprodução/Redes Sociais

GISELE BÜNDCHEN: Como a brasileira construiu um império e revolucionou a moda mundial

Aos 45 anos, Gisele Bündchen redefiniu padrões da indústria da moda, e estabeleceu novos recordes de riqueza para modelos em todo o mundo

Quando Gisele Bündchen completou 45 anos (20), ela celebra dois feitos: mais um aniversário e também quase três décadas de uma carreira que redefiniu os padrões da indústria da moda e estabeleceu novos recordes de riqueza para modelos em todo o mundo. Com um patrimônio líquido estimado em US$ 400 milhões, a brasileira de Horizontina (RS) transformou-se na personificação do sucesso empresarial no universo fashion.

Gisele Bündchen deixa um legado multifacetado que poucos profissionais conseguem construir na moda. Em 2007, Claudia Schiffer a chamou de “única supermodelo remanescente”, o reconhecimento de uma geração que testemunhou sua ascensão. Mais que isso, ela provou que é possível transformar talento em um império empresarial sustentável, estabelecendo precedentes financeiros e profissionais que continuam influenciando novas gerações de modelos e empreendedores.

O império financeiro sem precedentes

Os números da carreira de Gisele impressionam até os mais experientes analistas de mercado. Desde 2001, ela acumulou um patrimônio estimado em cerca de US$ 400 milhões apenas com trabalhos de modelagem, dominando a lista da Forbes das modelos mais bem pagas por impressionantes 14 anos consecutivos (2002-2016), um recorde que permanece imbatível na história da moda.

“Gisele não é apenas uma modelo, é uma marca”, explica um executivo da indústria fashion que acompanha sua trajetória desde os anos 2000. “Ela compreendeu, antes de qualquer outra, que uma carreira sustentável na moda exige diversificação e pensamento empresarial.”

Em 2007, a revista Time a incluiu entre as 100 pessoas mais influentes do mundo, reconhecimento que poucos profissionais da moda conseguem alcançar. Já em 2012, o site Vogue.it cunhou a expressão que definiria seu impacto nos negócios: “A modelo brasileira é a rainha Midas da moda. Tudo o que ela toca se transforma em ouro.”

A revolução estética de Gisele nos anos 1990

A ascensão de Gisele começou em um momento crucial para a moda mundial. No final dos anos 1990, a indústria estava saturada com o movimento “heroin chic”, com modelos extremamente magras com aparência frágil. Portanto, Gisele representou uma mudança radical nesse paradigma.

O momento decisivo chegou em 1998, quando aos 18 anos foi escolhida por Alexander McQueen para seu icônico desfile “Golden Shower” Primavera/Verão. Ela quase abandonou o show por ter que desfilar sem parte superior, mas um maquiador pintou um top branco em seu corpo. McQueen, impressionado, a apelidou de “the Body”, alcunha que a acompanharia durante toda a carreira.

Em 1999, a Vogue observou oficialmente “O Retorno da Modelo Sexy”, creditando Gisele como a principal expoente dessa transformação. Foi assim que ela mudou os padrões estéticos e caminho para uma geração inteira de modelos brasileiras que a seguiram no mercado internacional.

Victoria’s Secret e o mundo aos seus pés

Entre 1999 e 2006, Gisele consolidou seu status como Angel da Victoria’s Secret, período no qual a marca viveu seu auge comercial. Desse modo, suas aparições incluíam Fantasy Bras com mais de 1.300 pedras preciosas e 300 quilates de rubi, transformando os desfiles em verdadeiros espetáculos televisivos.

Foi durante esse período que Gisele desenvolveu e popularizou o famoso “horse walk”, um movimento de passarela característico que se tornou sua assinatura e influenciou gerações de modelos posteriores.

Números que mostram sua influência

A extensão do trabalho de Gisele ao longo de duas décadas é algo espetacular: mais de 1.200 capas de revista, cerca de 450 campanhas publicitárias, aproximadamente 500 desfiles e contratos com mais de 20 marcas internacionais. Portanto, esses números estabeleceram novos padrões de produtividade e alcance na indústria.

Um dos contratos mais emblemáticos ocorreu com a Chanel, quando ela se tornou a primeira modelo a ser escolhida para o papel principal da campanha do Chanel Nº 5, uma  honra anteriormente reservada apenas a grandes estrelas.

O dia que a Olimpíada virou uma Passarela Global

Se havia alguma dúvida sobre o alcance global da influência de Gisele, ela foi dissipada durante a abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. Aos 36 anos, ela percorreu uma passarela de 128 metros – a mais longa de sua carreira – ao som de “Garota de Ipanema” .

A música foi tocada ao vivo por Daniel Jobim, usando um vestido brilhante do designer brasileiro Alexandre Herchcovitch. Contudo, assistido por bilhões de pessoas em todo o mundo, o momento representou um símbolo do soft power brasileiro na cultura global.

Além das passarelas, o ativismo e empreendedorismo

Outra característica que super modelo demonstrou desde cedo foi uma consciência social que vai além do glamour da moda. Todavia, Gisele criou o Projeto Água Limpa em sua cidade natal, faz parte do conselho da Lotus House (o maior abrigo para mulheres e crianças dos Estados Unidos) e estabeleceu parceria com a Brazil Foundation para criar o Luz Alliance Fund.

Por fim, suas iniciativas ambientais e sociais mostram uma compreensão sofisticada sobre o papel das personalidades públicas na sociedade contemporânea. Não por acaso, consolidando sua posição como influenciadora global em questões que transcendem a moda.

Fonte: forbes