O estudo no Monthly Notices da Royal Astronomical Society
Por isso, estrelas jovens geralmente apresentam um arco de gás e poeira ao seu redor que, no futuro, dará origem a planetas.
E é comum que pequenos “furacões” se formem nesses discos após o surgimento de novos mundos.
A partir desses vórtices, é possível calcular a massa e a idade de planetas jovens, mesmo aqueles que estejam orbitando muito distantes de suas estrelas hospedeiras.
Quem desenvolveu essa técnica de cálculo foram pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
O cálculo usa observações feitas pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), um radiotelescópio localizado no Chile e que possui um conjunto de 66 antenas.
O estudo está dividido em dois artigos publicados no Monthly Notices da Royal Astronomical Society.
Formação dos furacões
Os discos de gás, poeira e gelo em torno de estrelas jovens chamados de protoplanetários. Mas, a acreção do núcleo faz com que a gravidade junte as partículas presentes no disco, até que se formem planetas e asteroides.
Enquanto os objetos se formando, lacunas começam a ser esculpidas no disco protoplanetário.
O ALMA também capaz de detectar outras estruturas que se formam no disco. Por isso, as partículas do disco se aglomeram em arcos semelhantes a uma banana.
Esses arcos encontrados no centro dos vórtices e se formam a partir da instabilidade do disco gerado em consequência da formação das lacunas.
Então, a partir do tempo em que esses furacões para formados, os pesquisadores podem calcular a massa e a idade dos planetas originados dali.
Sendo assim, até mesmo corpos que têm tamanhos menores e estão a longas distância de sua estrela, como Plutão, medidos.
Rafikov conclui que o estudo da formação de planetas em outros sistemas estelares pode ajudar a compreender a formação do nosso Sistema Solar e como ele evolui.
Fonte: aracajuagora