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Durante o 5º Festival Sesi de Robótica, que acontece de 15 a 18 de março em Brasília (DF), estudantes apresentam projetos à energia.

Festival Sesi de Robótica alimenta a curiosidade dos alunos

Festival Sesi de Robótica e os desafios do dia a dia alimentam a curiosidade dos alunos

Durante o 5º Festival Sesi de Robótica, que acontece de 15 a 18 de março em Brasília (DF), estudantes de todo o país apresentam projetos relacionados à energia.

Quem nunca queimou algum eletrodoméstico por acidente ao ligá-lo na tomada em uma voltagem diferente? Transtornos como esse servem de matéria prima para alunos do Sesi pensarem e desenvolverem soluções inovadoras, que ajudem a superar nossos problemas cotidianos.

Por isso, a equipe TechVikings, da Escola Sesi Naviraí, trouxe à capital federal o projeto Adaptech, um adaptador inteligente que protege equipamentos de sofrerem descargas elétricas por diferença de voltagem.

A discussão do problema foi trazida pelos alunos, que estudam nas séries finais do ensino fundamental e do ensino médio.

“Fizemos pesquisas na nossa comunidade e descobrimos que 87% das pessoas já queimaram aparelhos eletrodomésticos por colocar em tomada de voltagem errada. Então, isso acaba prejudicando a rotina”, conta Maria Júlia Resende Hernandes, do 2º ano do ensino médio.

O adaptador inteligente mostrou-se tecnicamente viável graças à ajuda de um engenheiro

O próximo passo da equipe será criar um protótipo. Quem explica o funcionamento do Adaptech é a Isadora Cardoso, do 1º ano do ensino médio.

“Primeiro, verifique a voltagem do eletrodoméstico, e selecione no Adaptech a voltagem correspondente. Mas, ao plugar o aparelho na tomada 127V, a energia vai passar normalmente. Mas, caso contrário, se a tomada for 220V, o Adaptech vai bloquear a corrente, evitando a queima de seu aparelho, e também vai emitir sinais sonoros e visuais como alerta”.

Fernando Luiz Gonçalves, técnico de robótica da TechVikings, enaltece a dedicação dos alunos em aprimorar o projeto a cada novo desafio que surge no caminho.

“Começamos esse projeto em junho do ano passado. Passamos por várias apresentações, levamos às seletivas em Campo Grande e até no Espírito Santo. Então, foi uma caminhada longa, e sempre com muito aprimoramento. Mas, a cada nova apresentação, nós voltamos para a escola, melhoramos o projeto e avançamos nas pesquisas. Os alunos trabalham muito para ter sempre algo novo para apresentar”, conta.

Rostos conhecidos, desafios completamente novos

Neste ano, as escolas da Rede Sesi de Educação em Mato Grosso do Sul classificaram oito equipes para participar do Festival Sesi de Robótica em quatro modalidades diferentes. Então, boa parte dos alunos que disputaram a edição passada do torneio, em São Paulo (SP), está tendo a oportunidade de competir novamente na capital federal. Só que, para alguns deles, a modalidade nesta temporada é um desafio à parte.

Dessa forma, o caso de Maria Paula Neves e Ana Luísa Yamashita, respectivamente alunas do 1º ano do ensino médio e do 9º ano do ensino fundamental da Escola Sesi de Aparecida do Taboado.

Por exemplo, em 2022, elas estiveram com a equipe AlphaDroids nas arenas da FLL, que usa robôs feitos de peças de LEGO. Agora, o robô cresceu em tamanho e complexidade. Competindo na categoria FTC, o time precisa cumprir missões com um robô de até 19 kg, feito a partir de materiais recicláveis, como metal, madeira e plástico.

“É uma experiência diferente, em que a gente aprende várias coisas novas. Apesar de ter vindo da FLL, algumas coisas mudam na FTC, então a gente acumula bagagem e cada vez mais aprendizado nesse mundo da robótica”, conta Maria Paula.

“Como a gente é uma formação nova da equipe, foi uma troca de experiências muito boa, aprendizados novos. Montamos um robô que é bem diferente da FLL. Aqui a gente utiliza ferramentas mesmo. Então foi muito legal, aprendizado bem bacana, que tem ajudado a gente a crescer”, complementa Ana Luísa.

Temporada passada

Outra aluna experimentada em nacionais é Maria Eduarda Santos Castriani, do 3º ano do ensino médio da Escola Sesi de Naviraí.

Por isso, se na temporada passada ela competiu com os pequenos robôs da FLL, agora ela assume a pilotagem de verdadeiras máquinas que podem pesar 55 kg e medir 1,5 metro na FRC, categoria estreante no programa do festival.  Mas, só o que não muda é a camisa da TechVikings e a animação por disputar mais um grande torneio.

“Eu já participava das atividades de FRC na escola e disputei o evento off season que fizeram para começar a implantar a modalidade no festival. Agora, com a inclusão oficial, estamos disputando uma vaga para a fase internacional da modalidade, em Houston, no Texas”, comenta a estudante.

Sendo assim, o primeiro dia de competição no Festival Sesi de Robótica foi de muitos ajustes e treinos por parte das equipes. As escuderias da F1 in Schools já tiveram a chance de fazer as primeiras tomadas de tempo, com objetivo de conquistar uma vaga na fase eliminatória da competição.

O funil começa a estreitar na sexta-feira (17/3), com o fim da etapa de classificação para todas as modalidades. O Festival Sesi de Robótica está sendo disputado nas dependências do Estádio Nacional Mané Garrincha.

 

Fonte: agorams