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Veja o passo a passo de como proteger os pets dos fogos e da ceia nas festas de fim de ano. Foto: Freepik

FESTAS DE FIM DE ANO: Guia para proteger os pets dos fogos e da ceia

Com a chegada do Natal e do Ano Novo, veja como proteger seus pets dos fogos e da ceia

O clima de festa com a chegada do Natal e do Ano Novo exige atenção redobrada de quem tem pets. Enquanto nós celebramos com música e mesas fartas, cães e gatos enfrentam desafios que podem ser fatais. Segundo a professora de Medicina Veterinária da Universidade Veiga de Almeida, Carolina Aben Athar, o barulho dos fogos de artifício e os alimentos da ceia são os principais vilões para a saúde dos nossos bichinhos nesta época. Ao longo do texto, mostraremos como você pode proteger seus pets dos fogos e da ceia.

O perigo dos fogos com barulho para pets: muito além do susto

O hábito de celebrar com grandes explosões está perdendo espaço para o respeito ao próximo. Assim, estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e o Distrito Federal já possuem leis que proíbem a queima, a soltura e o manuseio de fogos de artifício que causem poluição sonora acima de limites específicos. Ou seja: é um ato criminoso.

O que diz a regra?

Na maioria das regiões, a proibição foca nos chamados “fogos de estampido” — aqueles que têm o objetivo apenas de fazer barulho. A intenção não é acabar com o espetáculo visual, mas sim incentivar o uso de fogos de artifício “silenciosos” (com efeitos apenas luminosos), que são muito menos prejudiciais à audição humana e animal.

Consequências Legais:

Multas: Em cidades como a capital paulista, o descumprimento pode gerar multas que ultrapassam os R$ 2.000,00, valor que dobra em caso de reincidência.

Perturbação do sossego: Mesmo em locais onde não há uma lei específica contra fogos, soltá-los pode ser enquadrado como “Perturbação do Trabalho ou Sossego Alheios” (Art. 42 da Lei de Contravenções Penais), caso o barulho incomode vizinhos.

Os animais possuem uma audição extremamente aguçada. O que para nós é apenas um estrondo, para eles é uma explosão ensurdecedora que desequilibra o sistema nervoso. Por isso, o estresse causado pelos ruídos pode ter consequências físicas imediatas:

Animais cardiopatas: O pânico eleva a frequência cardíaca, podendo causar edema pulmonar.

Pets epilépticos: O som intenso atua como um gatilho para convulsões severas.

Acidentes: É comum o registro de fugas desesperadas, automutilação e traumas na laringe por latidos ou miados excessivos.

O que fazer?

A orientação é criar um “refúgio” com janelas fechadas para abafar o som, usar música ambiente e jamais prender o animal com guias, o que aumenta o risco de enforcamento e traumas.

A ceia

Muitos tutores, na intenção de agradar, acabam oferecendo sobras de comida aos pets, o que é um erro grave. Assim, a chamada “saidinha da dieta” dos animais de estimação pode terminar em emergência veterinária. Confira os principais riscos:

Uva-passa: Embora pareça inofensiva, ela é extremamente tóxica para cães e gatos, podendo causar falência renal aguda em tempo recorde.

Ossos de Aves: Quando cozidos ou assados, os ossos de peru e frango tornam-se porosos e quebradiços, criando lascas afiadas que podem perfurar o estômago ou o intestino.

Cebola e Alho: Ingredientes básicos da nossa cozinha, eles contêm substâncias que destroem os glóbulos vermelhos dos animais, provocando anemia severa.

Chocolate: Um dos maiores vilões. Rico em teobromina, pode causar vômitos, alterações no sistema nervoso e até levar o animal ao estado de coma.

Nozes: Muito comuns nesta época, podem desencadear reações alérgicas graves e desconfortos gastrointestinais intensos.

Por fim, vale lembrar que a prevenção é o melhor caminho. Caso o animal apresente batimentos acelerados ou sinais de intoxicação, a recomendação é buscar atendimento médico imediato e evitar a automedicação.

Fonte: terra