O feminicídio da Jornalista Vanessa Ricarte, gerou um grande abalo e bastante repercussão na ALEMS, confira a seguir, detalhes sobre o caso
O brutal assassinato da jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, morta a facadas pelo ex-noivo Caio do Nascimento Pereira, comoveu a população e gerou grande repercussão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), onde os parlamentares discutiram a urgência de medidas mais eficazes no combate à violência contra a mulher.
Na abertura da sessão (13), o presidente da ALEMS, deputado Gerson Claro (PP), lamentou mais um caso de feminicídio no Estado. “O Parlamento Estadual trabalha incansavelmente por políticas públicas voltadas para a segurança das mulheres, inclusive com a campanha permanente Todos por Elas no enfrentamento à violência e pelo fim do feminicídio. Infelizmente, esse é o segundo caso de feminicídio registrado neste ano em Mato Grosso do Sul, evidenciando a necessidade de mantermos ações de conscientização”, disse.
Vanessa Ricarte, profissional renomada na área de comunicação, foi vítima de feminicídio após registrar um boletim de ocorrência e solicitar medida protetiva contra o ex-noivo. A jornalista, que já se encontrava em situação de risco, buscou ajuda na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) para denunciar as agressões sofridas. No entanto, horas após o registro da denúncia, o agressor brutalmente esfaqueou Vanessa dentro de sua própria casa, e ela não resistiu aos ferimentos.
O 1º secretário da Casa de Leis, deputado Paulo Corrêa (PSDB), e Coronel David (PL) também repudiaram o crime e fizeram um apelo para que as medidas protetivas de urgência sejam eficazes
“O criminoso já tinha antecedentes, e outras seis mulheres tinham medidas protetivas contra ele. Houve uma falha, ele deveria ter sido preso antes de fazer a sétima vítima”, afirmou Corrêa.
Gleice Jane (PT) apresentou requerimento à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp), solicitando diversas informações, entre elas, a estratégia atualmente adotada pelo governo para o enfrentamento das diversas formas de violência contra a mulher. Para a parlamentar, a escalada crescente de casos de feminicídios exige uma análise, a fim de subsidiar a adoção de medidas mais eficazes. (Veja aqui o documento).
“O recente feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, brutalmente assassinada por seu companheiro, mesmo após vários registros de violência e o pedido de medida protetiva, evidencia a fragilidade da rede de proteção e a necessidade urgente de políticas públicas mais eficientes e de uma reavaliação do plano estadual vigente. A obtenção dessas informações será essencial para compreender o panorama atual e orientar a formulação de estratégias mais assertivas para a proteção das mulheres, promovendo segurança, justiça e a garantia de seus direitos fundamentais”, explicou Gleice.
Mara Caseiro (PSDB) leu uma Moção de Pesar e desabafou
“Vanessa tinha o sonho de casar e ter filhos. Acabou perdendo a vida por um amor que acreditou que seria sua família. Um crime bárbaro, que se soma a tantos outros, e que gera uma angústia compartilhada, pois o sistema de justiça e segurança pública falharam em proteger quem buscou ajuda”, disse Mara.
A cada novo caso, a pergunta que ressoa forte é: até quando? Foi assim que a deputada Lia Nogueira (PSDB) se manifestou sobre o crime. “Essa pergunta deve ser um grito de indignação, mas também um impulso para a ação. A voz da jornalista Vanessa Ricarte foi silenciada na noite de ontem. E é nossa missão não calarmos o grito de justiça. Assim, a luta contra o feminicídio honrará a memória de cada mulher assassinada, cada vítima que teve sonhos e realizações roubadas”.
Sobre morte e sepultamento da jornalista Vanessa
Jornalista e criadora de conteúdo: saiba quem era Vanessa Ricarte, morta pelo ex , após pedir medida protetiva. Segundo a polícia, a Vanessa precisou fugir do cárcere privado para pedir ajuda. Em Campo Grande (MS), três facadas a mataram quando ela retornava para buscar seus pertences.
Em Campo Grande (MS), o ex-noivo assassinou a jornalista e criadora de conteúdo Vanessa Ricarte, de 42 anos, na madrugada do dia 13. Após fugir do cárcere privado, Vanessa solicitou ajuda e, horas depois, uma medida protetiva na Delegacia da Mulher. No entanto, ela foi morta.
“Arquiteta das palavras e dos sentidos”, como se denominava nas redes sociais, a sul-mato-grossense era natural de Três Lagoas (MS) e morava na capital. Atualmente ela era servidora do Ministério Público do Trabalho (MPT). Leia mais detalhes abaixo.
A Câmara de Vereadores de Campo Grande velou o corpo da jornalista, e o corpo seguiu para cidade natal da vítima, Três Lagoas, onde foi sepultada.
Fonte: ALEMS