O principal destino do cereal foi a China
O estado de Mato Grosso do Sul tem exportações de dois milhões de grãos de soja e milho no primeiro trimestre de 2024. O volume representa um montante de U$$ 760,9 milhões, de acordo com o Boletim de Exportação, divulgado pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), nesta semana.
Dessa forma, o presidente da Aprosoja/MS, Jorge Michelc explicou que “o aumento da exportação se deve principalmente, ao grande estoque da safra 22/23, justificado pela espera por melhores preços de comercialização.
Além disso, outro fator que contribuiu para o incremento das movimentações externas foi a demanda asiática, principalmente da China.”
Foram 1,3 milhão de toneladas de soja, incremento de 30%, equivalente a 420 mil toneladas em relação ao mesmo período de 2023. Mas, em valor monetário, a exportação apresentou aumento de 26%, o que corresponde a movimentação de U$$ 126 milhões frente ao igual período do ano anterior.
Exportações soja e milho
O principal destino da oleaginosa foi a China, responsável por adquirir 82% de volume.
Ao contrário da soja, o volume e o valor monetário do milho exportado apresentaram redução de 44% e 55%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2023. O principal destino do cereal foi a China, com 41%, seguido da Coreia do Sul e do Japão, que juntos, compraram 36% da produção sul-mato-grossense.
Mais de 90% da soja embarcada em Paranaguá tem a China como destino
A China é o principal destino das cargas de soja movimentadas no porto de Paranaguá, com 91,8% do total. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) entre janeiro e março deste ano, 3,2 milhões de toneladas de soja saíram do principal porto paranaense com destino ao país asiático, 105% mais que no mesmo período de 2023.
Por isso, de 2023 para 2024, o porto de Paranaguá passou de terceiro para segundo lugar em movimentação nacional de soja com destino ao país asiático (20%), ficando atrás apenas de Santos (42,4%).
“Mesmo com a quebra nacional na safra no Brasil, os portos paranaenses seguem movimentando com mais eficiência e atendendo a grande demanda chinesa. Então, no primeiro trimestre registramos recorde de movimentação histórica geral”, destacou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Sendo assim, além da estratégia logística dos portos paranaenses, as safras menores registradas em outros países podem ter influenciado a crescente movimentação de soja no Estado. Na Argentina, a redução de produtividade do ciclo agrícola 2022/23 pode ter influenciado a busca chinesa por soja brasileira, disse em nota o especialista em economia, Giovani Ferreira.
Fonte: gov,ms