A pesquisa foi conduzida por pesquisadores do Hospital Universitário de Bonn (UKB) e outras instituições de pesquisa na Alemanha e na Espanha
Cientistas parecem ter encontrado uma solução para facilitar diagnóstico de doenças neurológicas, por meio de um simples exame de sangue. Assim, será possível identificar doenças como a demência frontotemporal (DFT), esclerose lateral amiotrófica (ELA) e a paralisia supranuclear progressiva (PSP), facilitando o diagnóstico.
O diagnóstico da maioria das doenças neurodegenerativas requer sintomas concretos ou até mesmo uma biópsia cerebral. Só então é possível iniciar o tratamento. Assim, se essas condições detectadas por meios mais rápidos e menos invasivos, as terapias poderiam aplicar mais cedo e gerar melhores resultados.
A pesquisa conduzida por pesquisadores do Hospital Universitário de Bonn (UKB) e outras instituições de pesquisa na Alemanha e na Espanha.
Como doenças neurológicas podem ser detectadas no sangue
- Em doenças como a DFT, ELA e PSP, as proteínas tau e TDP-43 acumuladas de forma anormal no cérebro. Para identificá-las, é preciso examinar o tecido do órgão.
- Mas agora cientistas encontraram um meio de detectá-las no sangue também.
- Como as proteínas flutuam de forma fragmentada no sangue, medir diretamente o plasma sanguíneo não dá certo. Por isso, eles focaram nas chamadas vesículas.
- Essas bolsas membranosas, liberadas pelas células, entram na corrente sanguínea e, por meio de alguns processos como a centrifugação, podem revelar a presença das proteínas.
- Testes realizados com mais de 900 amostras de sangue mostram que esse método gera resultados conclusivos sobre a presença das doenças.
Progressos de terapias e diagnósticos mais precisos
O exame de sangue para DFT, ELA e PSP deve aplicar primeiro em pesquisas e desenvolvimento de terapias para as doenças. Depois, os pesquisadores acreditam que também poderá utilizar para detectar as condições de forma rápida e não invasiva.
As doenças neurológicas do tipo genético são as poucas em que é possível ter certeza do diagnóstico. Portanto, essa técnica vai permitir o mesmo nível de precisão durante a vida do paciente, mesmo quando não for o caso.
“A longo prazo, considero realista que esses biomarcadores [proteínas tau e TDP-43] também tenham uso para diagnóstico na rotina médica. Seria particularmente importante para determinar como se desenvolvem ao longo do curso de uma doença, e quão cedo eles surgem no curso da doença”. Disse, Anja Schneider, líder da pesquisa, para o Medical Xpress.
Aliás, o estudo completo teve publicação na revista científica Nature Medicine.