Em 2023, o sistema está longe de estar concluído e já foram gastos 19,8 bilhões de dólares
A Autoridade Ferroviária de Alta Velocidade da Califórnia anunciou que o trem de alta velocidade que ligará San Diego até Sacramento será movido inteiramente a energia solar. A novidade, no entanto, contrasta com os atrasos no projeto inicial, aprovado em 2008.
Gastos acima do esperado
- Quando aprovado, o preço estimado do projeto era de 33 bilhões de dólares, o equivalente a mais de R$ 158 bilhões.
- O lançamento estava previsto para 2020, o que não aconteceu.
- Em 2023, o sistema está longe de estar concluído e já gastaram 19,8 bilhões de dólares.
- A projeção agora é que os custos totalizem 128 bilhões de dólares.
- O projeto teve endossamento pelo governo de Barack Obama e agora de Joe Biden.
- Atualmente, 191,5 quilômetros de pista estão em construção.
- A primeira fase concentra-se nos 836,8 quilômetros entre Merced, em São Francisco, e Anaheim, em Los Angeles.
Energia solar
- Para alimentar o trem serão necessários 44 megawatts de energia, teoricamente gerada por 223 hectares de painéis solares.
- As baterias a bordo poderão armazenar 62 megawatts-hora de energia.
- Grande parte dessa energia terá uso para impulsionar o trem, que vai atingir a velocidade máxima de aproximadamente 354 km/h.
Projeto é alvo de questionamentos
- O trem de alta velocidade foi alvo de uma série de críticas.
- Elon Musk, por exemplo, classificou a obra como “um dos mais caros por quilômetro e um dos mais lentos do mundo”.
- A rota do projeto também tem bastante questionamento, especificamente por que ela atravessará o Vale Central da Califórnia.
- A região é historicamente subfinanciada, apesar de abrigar aproximadamente 4 milhões de habitantes.
- Além de conectar seis das dez maiores cidades do estado, o desenvolvimento do crescimento econômico nessa área foi primordial para o projeto, segundo a empresa responsável.
- Brian Kelly, CEO da Autoridade Ferroviária de Alta Velocidade da Califórnia, admite problemas para a execução dos trabalhos:
- “Sabíamos que tínhamos uma lacuna de financiamento desde que o projeto começou. Portanto, o que eu sei é o seguinte: quanto mais cedo construirmos, mais barato será”.
- Outro entrave para a realização das obras foi a liberação ambiental necessária para a construção da pista, que percorre quilômetros de terras particulares.
- Agora, a previsão é que o trem movido a energia renovável comece a operar em 2030.
Fonte: olhardigital