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Estado de MS participa do projeto de Federalização da RNDS nos dias 25 e 26. Evento ocorre no Rio de Janeiro Foto: Secom/Gov.br

RNDS: Mato Grosso do Sul fortalece alinhamento com agenda nacional de dados em saúde

Estado de MS participa do projeto de Federalização da RNDS

O Estado de MS participa da 3ª Oficina do Projeto de Federalização da RNDS (Rede Nacional de Dados em Saúde), realizada (25) e hoje (26) no Rio de Janeiro/RJ.

A atividade integra a etapa estadual do projeto e é promovida pelo Ministério da Saúde, por meio da Seidigi (Secretaria de Informação e Saúde Digital), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro, com apoio do Haoc (Hospital Alemão Oswaldo Cruz), Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde).

Oficina reúne representantes da SES-MS e de outros estados

Dedicada ao eixo Informação e Informática, a terceira oficina reúne representantes da SES-MS (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul) e de outros estados para aprofundar estratégias de integração e interoperabilidade dos dados em todo o SUS (Sistema Único de Saúde).

No Estado, esse processo ganhou novo impulso com a Resolução SES n. 495, de 11 de novembro de 2025, que instituiu o Grupo de Trabalho Estadual da Federalização da RNDS, responsável por acompanhar e propor ações alinhadas aos eixos temáticos do projeto.

A secretária adjunta de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone, destaca que a participação de Mato Grosso do Sul reforça o compromisso do estado com a modernização da gestão.

“A transformação digital em saúde não é apenas tecnológica — ela exige planejamento, governança e integração. A federalização da RNDS fortalece a tomada de decisão, amplia a transparência e melhora a capacidade de resposta do SUS. Participar dessa oficina é fundamental para que Mato Grosso do Sul avance de forma estruturada e alinhada às diretrizes nacionais”, afirma.

Passo decisivo

Para a superintendente de Saúde Digital da SES e responsável estadual pelo processo de federalização, Márcia Tomasi, a agenda representa um passo decisivo. ”Estamos avançando em uma pauta que exige organização, padronização e cooperação entre todas as esferas do SUS. A federalização representa uma virada de chave na forma como produzimos, compartilhamos e utilizamos informações, garantindo mais segurança, eficiência e continuidade do cuidado para a população”, destacou.

O projeto nacional prevê a atuação dos estados em quatro eixos — institucional, governança, informação e informática, bem como comunicação. As primeiras oficinas, realizadas em Brasília/DF e João Pessoa/PB, discutiram, portanto, os domínios Institucional e Governança. Além disso, a próxima etapa está prevista para fevereiro de 2026, no Pará.

Segundo o consultor técnico do DataSUS, Josélio Queiroz, o objetivo é harmonizar o fluxo de dados enviados ao Ministério da Saúde. Além disso, buscar ampliar sua disponibilização em tempo oportuno. A ação envolve, sobretudo, alinhamento entre gestores, não apenas tecnologia. Portanto, esse trabalho colaborativo é fundamental para integrar as informações e otimizar a gestão dos dados em saúde. Dessa forma, espera-se melhorar a coordenação e a resposta do sistema de saúde público. A iniciativa deve aprimorar o atendimento à população, fortalecer a vigilância em saúde e ampliar o uso de evidências na formulação de políticas públicas.

O que é a RNDS

Oficializado pelo Decreto n. 12.560, de julho deste ano, o Ministério da Saúde criou a Rede Nacional de Dados em Saúde, plataforma de interoperabilidade. Além disso, a rede integra sistemas, qualifica informações e amplia o acesso a registros clínicos e administrativos no país. Atualmente, reúne cerca de 2,4 bilhões de dados, incluindo exames e vacinas. Com a federalização, centraliza-se um único sistema e disponibiliza-se em tempo real aos estados. A RNDS segue as diretrizes da LGPD, garantindo segurança, privacidade e uso responsável, acessadas apenas por profissionais autorizados.

A interoperabilidade permite que médicos e enfermeiros consultem o histórico clínico pelo SUS Digital Profissional, tornando o atendimento mais ágil e evitando exames duplicados. Ademais, gestores utilizam dados para monitorar e planejar políticas públicas. Os cidadãos acessam seus registros pelo aplicativo Meu SUS Digital. Assim, ao integrar informações padronizadas, a RNDS impulsiona a transformação digital, melhora a comunicação entre serviços, otimiza recursos e fortalece a resposta a emergências em saúde.

Fonte: Secom/Gov.br