A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou (06-07) o tratamento com antagonistas da interleucina-6 para o tratamento de casos graves ou críticos de COVID-19, após publicar resultados positivos de ensaios com 11.000 pacientes.
Até agora, a OMS recomendava apenas um tratamento para pacientes gravemente enfermos com dexametasona, um corticosteroide, mas a publicação dos ensaios no Journal of the American Medical Association encorajou a OMS a incluir esta nova ferramenta contra o coronavírus.
Testes mostram que o tratamento com interleucina-6, uma glicoproteína secretada por certas células, reduz o risco de morte em cerca de 4% (17% em pacientes ventilados).
Além disso, em pacientes que ainda não necessitam de ventilação, reduz o risco de seu uso em 21%, em relação ao uso usual de corticosteroides.
“Os ensaios clínicos para analisar a eficácia dos anticorpos monoclonais que bloqueiam a interleucina-6 em pacientes hospitalizados com COVID-19 relataram apenas benefícios, nenhum efeito e dano”, disse o professor de estatística médica e epidemiologia da Universidade de Bristol, Jonathan Sterne.
A OMS coordenou este estudo de 27 ensaios clínicos randomizados com quase 11.000 pacientes em 28 países ao redor do mundo em conjunto com o King’s College London, a University of Bristol, a University College London e a Guy and St Thomas NHS Foundation. Fonte: 20minutos