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Confirmação da escolha de André Corrêa para Presidente da COP 30 veio após reunião da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. - Foto: Reprodução/ Ag. Gov.

Embaixador André Corrêa do Lago é escolhido presidente da COP 30

Confirmação da escolha de André Corrêa para Presidente da COP 30 veio após reunião da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima

Principal evento internacional no Brasil em 2025, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada em Belém (PA), em novembro, já tem o presidente definido: o embaixador André Aranha Corrêa do Lago, atual secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores.

Nesse sentido, o nome teve confirmação (21), após reunião no Palácio do Planalto entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Marina Silva (Meio Ambiente), Sidônio Palmeira (Secom), Maria Laura da Rocha (substituta do Ministério das Relações Exteriores), além de Miriam Belchior (secretária-executiva da Casa Civil) e Celso Amorim (Assessoria Especial do Presidente da República).

“É uma honra imensa e acredito que o Brasil pode ter papel incrível nessa COP. Agradeço também o resto do governo, porque a COP a gente vai ter que construir todos juntos. Além do governo, com a sociedade civil, o empresariado, todos os atores que são essenciais na primeira formação do que o Brasil quer desta COP. Vamos juntos conseguir fazer uma COP que será lembrada com entusiasmo”, conforme Corrêa do Lago.

Assim, o presidente da COP 30 terá ao lado nos trabalhos a atual secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, nomeada diretoraexecutiva da COP 30.

“O Ministério do Meio Ambiente e o Ministério de Relações Exteriores ocupam essas duas posições que são fundamentais e estratégicas na parte de conteúdo, negociação e liderança de todo o processo da COP”, de acordo com a ministra Marina Silva.

Perfil

André Corrêa do Lago é bacharel em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1981) e entrou na carreira diplomática em 1982. Desse modo, ele exerceu funções nas áreas de organismos internacionais, promoção comercial, cerimonial e energia. Serviu nas embaixadas em Madri, Praga, Washington e Buenos Aires e na Missão junto à União Europeia, em Bruxelas.

Experiência

O presidente da COP 30 trabalha com temas de desenvolvimento sustentável desde 2001. Foi diretor do Departamento de Energia (2008-2011) e do Departamento de Meio Ambiente (2011-2013) no Ministério das Relações Exteriores, nesse meio tempo em que foi negociador-chefe do Brasil para mudança do clima (2011-2013) e para a Rio+20 (2011-2012). Foi embaixador no Japão (2013-2018), na Índia (2018-2023) e, cumulativamente, no Butão (2019-2023). Assim, desde março de 2023, é secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores. Corrêa do Lago publicou livros e artigos sobre desenvolvimento sustentável e mudança do clima e é também crítico de arquitetura. É casado e tem quatro filhos.

COP 30

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes) é um encontro global anual onde líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil discutem ações para combater as mudanças do clima. Nesse sentido, é considerado um dos principais eventos do tema no mundo.

Oportunidade

A COP 30 representa uma oportunidade histórica para o Brasil reafirmar o papel de liderança nas negociações sobre mudanças climáticas e sustentabilidade global. O evento permite ao país demonstrar os esforços em áreas como energias renováveis, biocombustíveis e agricultura de baixo carbono, além de reforçar a atuação histórica em processos multilaterais, como na Eco-92 e na Rio+20. O evento contará com a presença de chefes de Estado, ministros, diplomatas, representantes da ONU, cientistas, líderes empresariais, ONGs, ativistas e outros integrantes da sociedade civil de mais de 190 países.

Desafios

Por fim, os principais desafios da COP 30 incluem:

  • alinhar compromissos de países desenvolvidos e em desenvolvimento em relação ao financiamento climático,
  • garantir que as metas de redução de emissões sejam compatíveis com a ciência climática,
  • lidar com os impactos socioeconômicos das mudanças climáticas em populações vulneráveis.

Fonte: Agência Gov