Os candidatos à presidência da república se reuniram nos estúdios Globo, na cidade de São Paulo, para o último debate antes do 1º turno.
Os presidenciáveis no debate de ontem, que seguindo a lei eleitoral, foram convidados os candidatos de partidos com representação no Congresso Nacional de, no mínimo, cinco parlamentares, e sem impedimento na Justiça, seja eleitoral ou comum.
Por isso, participaram do debate os candidatos: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Felipe D’ Ávila (NOVO), Soraya Thronicke (União Brasil) e Padre Kelmon (PTB).
Direito de Resposta dos presidenciáveis no debate
O embate entre Lula e Bolsonaro, candidatos mais bem-posicionados nas pesquisas de opinião até aqui, começou logo no primeiro bloco de perguntas.
Bolsonaro que quando, perguntado pelo candidato Padre Kelmon (PTB) sobre a manutenção de programas sociais e sobre os riscos de um retorno da esquerda. Na resposta, fez diversas críticas aos governos Lula, entre 2003 e 2010.
Lula obteve direito de resposta e, ao usá-lo, devolveu as críticas a Bolsonaro. Neste momento, Bolsonaro pediu novo direito de resposta, que concedido. Em seguida, Lula também pediu e também obteve mais uma vez o direito de resposta.
Em outro momento do debate, Bolsonaro escolheu fazer uma pergunta para Tebet. Mas, ele questionou a candidata sobre o assassinato, em 2002, do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, que era do PT.
Entretanto, Bolsonaro chamou Lula de “mentor do crime”. Tebet lamentou que esse tema tenha sido trazido ao debate, em vez de propostas para o país.
Diante da acusação de Bolsonaro, Lula pediu e obteve direito de resposta. Então, quando foi sua vez de responder, a candidata Soraya Thronicke lamentou a troca de direitos de resposta entre Lula e Bolsonaro.
Os presidenciáveis no debate abordou a corrupção
Contudo, a corrupção foi um dos temas mais explorados ao longo de todo o debate. Bolsonaro chamou as gestões do PT de “cleptocracia”.
Enquanto o ex- presidente Lula procurou defender os governos do PT e afirmou que foi nas gestões petistas que se criaram leis e dispositivos para combater irregularidades na administração pública.
Pandemia
Dessa forma, a pandemia de Covid-19, as consequências e o processo de vacinação também foram temas debatidos.
O candidato do Novo afirmou que a pandemia mostrou a importância da digitalização na Saúde. Soraya, em pergunta para Padre Kelmon, citou o número de mortos pela Covid e disse que o governo de Bolsonaro atrasou a compra de doses de vacina.
Padre Kelmon criticou a argumentação da candidata.
Meio Ambiente
Por isso, a candidata Simone Tebet fez críticas à gestão do governo Jair Bolsonaro na preservação do meio ambiente e no trabalho desenvolvido para evitar as mudanças climáticas.
Em resposta, Jair Bolsonaro disse que dois terços das florestas do Brasil ainda não preservadas e citou o tamanho territorial da Amazônia para justificar o trabalho realizado na região nos últimos anos.
Sendo assim, o candidato Lula afirmou que vai proibir o garimpo ilegal e citou que há, no Brasil, cerca de 30 milhões de hectares de terras degradas que usam para o plantio.
“Eu queria dizer uma coisa: nós vamos proibir terminantemente qualquer garimpo ilegal. Não é necessário nenhum cidadão do agronegócio invadir a Amazônia ou o Pantanal. Quando eu era presidente, as pessoas queriam plantar cana no Pantanal. Eu não deixei, porque nós temos trinta milhões de terra degradada, de pátio degradado que você pode utilizar pra plantar o que você quiser, sem precisar derrubar uma árvore e fazer uma agricultura de baixo carbono que é o que o Brasil precisa”, afirmou o candidato do PT.
Fome uma questão dos presidenciáveis no debate
O candidato Lula afirmou que, atualmente, o Brasil tem “31 milhões de pessoas passando fome” e disse que a gestão petista tinha “acabado com isso em 2012”. Ele, então, aproveitou para perguntar para Soraya Thronicke suas propostas para eliminar a fome no país.
Ao petista, Soraya Thronicke reconheceu que o “Brasil passa fome”, mas direcionou a resposta ao assunto da corrupção durante o governo do ex-presidente.
Já Simone Tebet disse que o presidente ignora a fome, “porque insensível” e “não conhece a realidade do Brasil”. Segundo ela, não há como andar pelos centros urbanos sem “ver nos semáforos crianças dormindo com fome e pedindo pelo amor de Deus por um prato de comida”.
Bolsonaro novamente citou a criação do Auxílio Brasil como ferramenta no combate à fome e atribuiu a atual situação ao isolamento social implementado durante a pandemia da Covid-19.
Educação
Em um dos blocos, Padre Kelmon perguntou a Ciro Gomes como evitar que as universidades públicas fossem ocupadas apenas por estudantes de alta renda e com boa “educação de base“. Ao longo da pergunta e da réplica, também disse que “as universidades públicas viraram fábricas de militantes“.
O candidato do PDT afirmou que quer retirar a desoneração de itens de luxo incluídos na cesta básica e, com o dinheiro, colocar “um milhão de crianças” em creches de tempo integral. E, além disso, expandir a rede de ensino médio profissionalizante em tempo integral.
Dia da Votação
O primeiro turno das eleições acontece no dia 02 de outubro e o horário de votação vai das 8 da manhã até as 17 h no horário de Brasília.
Fontes: r7, folha, estado