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O mercado de motos supera vendas de carros, em março; a alta dos automóveis foi de 8,24%; nas motos, 46,77% - dados em relação ao mês passado

EFEITO PANDEMIA: O mercado de motos supera vendas de carros

A alta das motos foi de 46,77%, em março

O mercado de motos supera vendas de carros, em março. A alta dos automóveis em março, com relação ao mês anterior, foi de apenas 8,24%. Nas motos, foi de 46,77%. Mas em comparação com o mesmo período de 2021, subiu 76,75%. Afinal, O mercado brasileiro agora tem um novo segmento líder de vendas. Bem como já sabemos, não é mais o dos automóveis. Muito menos dos comerciais leves.

Com a venda de 110.083 unidades, o mercado de duas rodas sobrepujou os emplacamentos de automóveis. Onde 108.244 unidades foram vendidas.

Entretanto, no acumulado do ano, as motos têm alta de 33,68%. Sendo assim, contra queda de 25,03% nos carros de passeio.

Este ano foram vendidos 300.455 automóveis e 274.766 motos. Dessa forma, revelou uma subida comercial das duas rodas. Bem como, registrando o declínio das quatro rodas no cenário nacional.

José Maurício Andreta Júnior, presidente da Fenabrave, diz que a busca por um transporte individual para evitar o risco do transporte público. Bem como negócios gerados com trabalho na pandemia, aumentaram as vendas de motos.

Andar de moto flex com etanol é mais vantajoso

Ainda mais, por ser um veículo mais barato que os automóveis, a moto surge como opção não só em termos de aquisição. Mas também em custos de propriedade. É uma das explicações do porquê o mercado de motos supera a venda de carros.

Além disso, o IPVA dos carros disparou com sua cotação maluca. Além do mais, os preços dos combustíveis, notadamente gasolina e diesel, ficaram muito mais altos. Tanto pela  cotação do dólar, quanto pela Guerra da Ucrânia.

Assim, andar de moto flex com etanol no tanque se tornou mais vantajoso que automóvel com gasolina. Porém, o que realmente está declinando as vendas de carros não são somente os fatores acima.

Sobretudo, a falta de chips e peças nas fábricas, gerou paralisações e ritmos lentos nas plantas das montadoras no país. Isso também, contribuiu para reduzir a oferta. E, naturalmente, as vendas.

Como se não bastasse faltam tanto automóveis quanto comerciais leves. Isso gera longas filas de espera. E por consequência inúmeras desistências.

Enfim, quem não consegue um carro novo, então parte para um usado. Mas pode acabar apostando na motocicleta como opção para o dia a dia.