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O chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro, Breno Lobo, afirmou que o Banco Central desistiu da Drex, moeda digital brasileira, mas continuará desenvolvendo a infraestrutura. Foto: Reprodução/YouTube

DREX: Banco Central desiste da moeda digital brasileira, mas levará adiante infraestrutura

Banco Central desiste do DREX como moeda digital e aposta em infraestrutura para contratos inteligentes

Na semana passada, o chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Breno Lobo, afirmou que a instituição desistiu de tornar o Drex a moeda digital oficial do Brasil.

Foco agora é na infraestrutura digital

Durante evento da Associação Brasileira de Direito e Economia (ABDE) sobre segurança digital, Lobo explicou que o Banco Central seguirá com o desenvolvimento da infraestrutura tecnológica que permitirá o uso de contratos inteligentes no futuro.

“A gente deu um passo para trás. Não é uma CBDC, uma moeda digital do BC. É uma infraestrutura para permitir contratos inteligentes, para garantir a entrega contra pagamento”, afirmou Breno Lobo.

O que era o Drex originalmente

Quando o Banco Central divulgou as diretrizes gerais de uma moeda digital brasileira, em maio de 2021, o site oficial do BC descreveu o Drex como “uma extensão da moeda física”.
O projeto buscava oferecer uma versão digital do real com a segurança e a estabilidade que o Banco Central poderia garantir, diferente das criptomoedas privadas.

Por que o Banco Central recuou

Na última semana, Breno Lobo avaliou que “pouco importa” para a população se a moeda é emitida pelo Banco Central ou por uma instituição financeira.
Ele não explicou os motivos exatos da desistência, mas destacou que a prioridade passou a ser a criação de uma base tecnológica segura e funcional.

Contratos inteligentes e suas aplicações

Segundo Lobo, a infraestrutura do Drex continuará sendo desenvolvida para viabilizar contratos inteligentes com liquidação automática.

Transações digitais — como a compra e venda de imóveis ou veículos — ocorram de forma segura e automática, sem risco de uma das partes não cumprir o acordo.

Exemplos práticos do uso da tecnologia

Entre as possibilidades, por exemplo, o Banco Central cita casas e carros digitais que, assim, seriam transferidos automaticamente assim que o pagamento fosse confirmado.

Outro exemplo é o de eletrodomésticos inteligentes, por exemplo, uma geladeira conectada, que é capaz de realizar compras automáticas e, consequentemente, efetuar o pagamento por meio de uma carteira digital, sem que haja necessidade de cartão de crédito ou débito.

 Drex deixa de ser moeda, mas avança como tecnologia

Com isso, o Drex deixa de ser um projeto de moeda digital brasileira, mas segue como uma infraestrutura tecnológica inovadora. Que deve transformar o sistema financeiro e abrir caminho para novos modelos de automação e segurança digital no país.