A persistência de um mercado de trabalho bastante aquecido nos EUA tem deixado as autoridades do Federal Reserve com uma postura cautelosa
O dólar encerrou o pregão de quarta-feira (5) no maior nível desde janeiro de 2023, após dados dos Estados Unidos mostrarem força nas atividades econômicas, pressionando o preço dos títulos do Tesouro.
Já o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) informou que seu índice de gerentes de compras não manufatureiro subiu de 49,4 em abril para 53,8 no mês passado. Assim, a leitura de maio superou as estimativas de economistas.
Em contrapartida, o número de vagas abertas em empregos formais em maio foi de 152 mil, abaixo das 175 mil previstas pelos analistas. Além de desacelerar contras os 188 mil postos criados em no mês anterior.
A persistência de um mercado de trabalho bastante aquecido nos EUA tem deixado as autoridades do Federal Reserve com uma postura cautelosa em relação à trajetória da inflação de volta à sua meta de 2%, adiando o possível início de um ciclo de cortes nos juros.
Assim, quanto mais o banco central dos EUA cortar os juros, pior para o dólar. Que se torna comparativamente menos interessante quando os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA diminuem.
Cenário doméstico
No cenário doméstico, os investidores seguem atentos ao aumento das expectativas de inflação do mercado, evidenciado pela pesquisa Focus do Banco Central. Assim como ao cenário fiscal no Brasil, um tema de contínua preocupação dos economistas.
Aliás, o mercado ainda analisa potenciais efeitos de mudanças envolvendo créditos de PIS/Cofins.
O governo editou na terça-feira (4) uma medida provisória (MP) com mudanças no sistema de créditos de PIS/Cofins. A fim de compensar a desoneração da folha salarial de 17 setores da economia e municípios de pequeno porte, prevendo que isso ampliará as receitas em R$ 29,2 bilhões em 2024.
Fontes: istoé, cnn, infomoney