A deterioração do risco político em Brasília e a expectativa com a divulgação dos rumos monetários nos Estados Unidos levaram os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro para o campo negativo 06-07. O dólar disparou 2,39% — o maior salto diário desde 18 de setembro de 2020, quando registrou avanço de 2,79% — e fechou a R$ 5,209, na maior cotação desde o fim de maio.
O câmbio chegou a bater a máxima de R$ 5,213, enquanto a mínima não passou de R$ 5,077. A divisa encerrou a véspera com alta de 0,68%, cotada a R$ 5,088. Seguindo o mau humor internacional, o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou com queda de 1,44%, aos 125.094 pontos. O pregão desta segunda-feira, 5, encerrou com recuo de 0,55%, aos 126.920 pontos.
O Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, divulga (07-07) a ata do encontro realizado no mês passado para discutir a condução da política monetária norte-americana. Investidores temem que os recentes resultados indicando a recuperação da economia, como a geração de empregos em junho acima do esperado, e os dois avanços seguidos da inflação nos últimos meses, levem ao corte de estímulos.
Atualmente, o Fed mantém a compra de US$ 120 bilhões por mês de títulos públicos e segura a taxa de juros em valores mínimos para dar tração ao processo de retomada da economia após o choque da crise sanitária. Fonte: JP