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Com o dólar cotado em R$ 5,47, confira se a vale a pena adquiri-lo para as férias de fim de ano.

DÓLAR A R$ 5,47: Veja se vale comprar para as férias de fim de ano

Baixa do dólar favorece planejamento de férias do fim ano para brasileiros

Apesar da recente alta do dólar frente ao real, causada pela percepção de agravamento das tensões diplomáticas e comerciais entre Brasil e Estados Unidos, a cotação da moeda americana está sensivelmente mais baixa do que o patamar acima de R$ 6,00 visto no fim de 2024 e início de 2025. Atualmente, o dólar está cotado em torno de R$ 5,47, o que abre uma janela favorável para quem planeja viagens ao exterior nas férias do fim do ano.

Compra gradual começa agora

A recomendação é que a compra do dólar seja feita de forma gradual ao longo dos meses. E quem já tem viagem marcada pode comprar uma parte do valor projetado, mas não todo de uma vez.

Harion Camargo, Planejador Financeiro CFP pela Planejar, indica comprar entre 30% e 50% do que se pretende levar na viagem.

“O ideal é que todos os meses o viajante compre um pouco de dólar e vá diluindo o custo dessa viagem no seu fluxo de caixa. Comprando dólar todos os meses no mesmo período”, orienta Rafael Gonçalves, consultor financeiro da W1 Consultoria.

De olho na reunião do Federal Reserve

Além disso, Gonçalves aconselha aguardar a decisão de juros do FOMC, o comitê de política monetária do banco central norte-americano, prevista 16 e 17 de setembro. “O preço baixo de dólar deve seguir por algum período ainda, especialmente se houve redução da taxa de juros nos EUA pelo Federal Reserve. Considerando isso, para aqueles que já tem uma viagem marcada é interessante comprar um pouco de dólar agora, mas não todo o valor projetado para a viagem”, recomenda.

Meios de pagamento recomendados

Sobre a forma de pagamento durante a viagem, recomenda-se levar uma pequena parte em espécie para gastos menores e usar cartões internacionais como Wise, Nomad. Ou cartões de corretoras como XP ou Avenue.

Camargo reforça a preferência por alternativas digitais. “Cartões pré-pagos internacionais, cartões de débito e crédito oferecem proteção contra perdas, com bloqueio remoto e uso de PIN. Além de ampla aceitação global via redes como Visa e Mastercard.”

Ele destaca a grande vantagem dos cartões pré-pagos: o “travamento” da cotação no momento da carga, “permitindo maior previsibilidade no planejamento do orçamento da viagem”.

O cartão de crédito, contudo, não é o preferido. “O que não indico é a utilização do mesmo cartão de crédito que o viajante usa no Brasil por conta das altas taxas de IOF e spread bancário“, explica Gonçalves.

Dinheiro em espécie: riscos e recomendações

O uso de dinheiro em espécie é cada vez menos recomendado pelos especialistas, que pontuam, além do risco de roubo ou extravio, os custos elevados. Já que spreads em casas de câmbio podem chegar a 10%.

“Também existem limitações práticas, como restrições de saque em caixas eletrônicos e a obrigatoriedade de declaração de valores acima de R$ 10 mil na alfândega”, explica Camargo.

Em conclusão, leve uma quantia reduzida em espécie, entre US$ 500 e US$ 1.000, apenas para emergências. E, por outro lado, concentre o grosso dos gastos em opções digitais, mais seguras e eficientes.

Fonte: infomoney