Os distúrbios do sono podem sobrecarregar o coração, elevando o risco de hipertensão, arritmia e até infarto
O caso considerado mais grave é a apneia obstrutiva do sono, quando a respiração é interrompida repetidamente durante a noite
A língua e a musculatura da garganta relaxam, estreitando a passagem do ar. O ronco vai aumentando até que a respiração trava. Neste cenário, o oxigênio no sangue despenca, o coração acelera para tentar compensar e o cérebro desperta a pessoa, quebrando o sono profundo. Esse ciclo pode se repetir dezenas de vezes em uma única noite. Como o organismo passa horas em estresse, isso favorece arritmias, hipertensão e insuficiência cardíaca. Estima-se que um bilhão de pessoas no mundo tenham apneia, e metade dos pacientes com doença cardiovascular sofre com o problema.
Ao mesmo tempo, dormir mal também tem impacto nos hormônios da fome. A produção de leptina (que dá saciedade) cai, enquanto a de grelina (que aumenta o apetite) sobe. Isso causa mais fome, menos gasto energético e maior risco de engordar. O excesso de peso, por sua vez, aumenta a chance de apneia e sobrecarrega ainda mais o coração.
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