O governo, em parceria com os empresários e instituições que se ocupam da proteção ao Pantanal, trabalham para desenvolver alternativas econômicas que agreguem a importância da produção com a conservação da natureza
Celebrado neste 12 de novembro como o Dia do Pantanal, a maior planície alagável do mundo enfrenta uma fase aguda de crise hídrica. Contudo está em um processo acelerado de desenvolvimento ambiental, social e econômico com os investimentos do Governo do Estado em quase sete anos que somam mais de R$ 350 milhões somente em infraestrutura viária.
Programas de apoio à produção sustentável integram grandes e pequenos pecuaristas, mais de R$ 56 milhões foram destinados a reestruturação e capacitação no Corpo de Bombeiros para ações de controle e combate aos incêndios florestais e está em implantação neste santuário ecológico um dos maiores projetos de energia solar do mundo – o Ilumina Pantanal.
Para o governador Reinaldo Azambuja, a data deve ser referenciada como um novo pulsar de um ambiente frágil, capaz de recompor seus rios, campos e florestas com sua rica biodiversidade, que o torna um dos biomas mais preservados do planeta, e pelas mãos do homem pantaneiro. “Mesmo com a extrema seca, reduzimos os focos de incêndios e a área queimada este ano, motivos também para comemoração”, cita o governador.
Dia do Pantanal e produção sustentável
O Dia do Pantanal foi criado em 2008, por resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), para lembrar o dia da morte do ambientalista Francisco Anselmo de Barros, o Francelmo, que, em protesto contra a instalação de usinas hidrelétricas no Pantanal, ateou fogo ao próprio corpo durante ato no centro de Campo Grande, em 2005.
Em 2 de junho de 2020, o governador Reinaldo Azambuja sancionou a lei nº 5.518, criada pela Assembleia Legislativa, instituindo oficialmente, no âmbito de Mato Grosso o Sul, o Dia do Pantanal, que passou a integrar o calendário anual de eventos do Estado.
A planície pantaneira se estende por mais de 200 mil quilômetros quadrados dos territórios de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Detém, dessa maneira, a maior porção. Pela importância para o meio ambiente, é considerado Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera pela Unesco. Também lhe concedeu o título de Reserva da Biosfera, ratificado recentemente.
“A importância do Pantanal para Mato Grosso do Sul transcende o aspecto da ecologia. O governo, em parceria com os empresários e instituições que se ocupam da proteção ao Pantanal, trabalham para desenvolver alternativas econômicas que agreguem a importância da produção com a conservação da natureza”, destaca o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.
Maior programa de energia
O governo de Reinaldo Azambuja tem dedicado, nestes quase sete anos, uma atenção especial ao Pantanal. E, ainda, sua gente. Levando, sobretudo, programas como o Precoce MS, Carne Sustentável e Orgânica, riquezas que só a região produz. E, acima de tudo, que têm a vantagem de não causar impacto ambiental, e investimentos na integração física e no desenvolvimento da região.
Integrando os pantanais
Um dos maiores programas de infraestrutura rodoviária do Estado está sendo implantado no Pantanal, tirando a região de um isolamento secular. “Nenhum outro governo foi capaz de promover nossa integração”, afirma Luciano Leite, presidente do Sindicato Rural de Corumbá. Mais de 600 km de estradas serão implantados, dos quais 180 km já em execução.
Coordenado pelo secretário Eduardo Riedel, da Infraestrutura, o programa conta com recursos do Fundersul de R$ 350 milhões, incluindo abertura de estradas com revestimento primário, sistema de drenagem e pontes de concreto. A nova malha integrará os pantanais do Nabileque, Nhecolândia, Paiaguás e Taquari, nos municípios de Corumbá, Ladário, Coxim, Porto Murtinho, Aquidauana, Rio Verde, Miranda e Rio Negro.
A infraestrutura chegará aos maiores eixos rodoviários traçados na região, as MS-228 e MS-214. Vai conectar, nesse sentido, os demais troncos projetados no passado. Com a abertura de 200 km da MS-214, a partir de Coxim. E, ainda, a ligação com a ponte de concreto do Rio Taquari. Chegará à barranca do Rio São Lourenço, na divisa do Estado com Mato Grosso.
Esta semana, o secretário Eduardo Riedel anunciou mais dois trechos para implantar-se. Trata-se, portanto, de 130 de estrada, entre as fazendas Novo Horizonte (MS-228) e Baguari. Integra-se, portanto, a região do Taquari, onde um dos maiores beneficiadores serão os pequenos produtores tradicionais das colônias. Em outro extremo, será aberta uma estrada de 22km, do Porto São Pedro (Serra do Amolar) a fazenda Ipiranga, e desta, ainda em estudo, até a MS-214.