A Prefeitura de Campo Grande promove na Galeria de Vidro a segunda exposição entre os contemplados pelo 1º Prêmio Ipê de Artes Visuais.
Para Anderson, o Prêmio Ipê de Artes Visuais representou uma oportunidade de reapresentar uma coleção criada em 1995, denominada “Sexualidade Humana”. Agora, as obras receberam novos tratamentos de cor, textura e palavras de ordem para representar sua história, e passaram a fazer parte da série “ExerSexies”, conforme explicação do artista.
Contudo, o artista responsável pelas obras é Anderson Bosh, que apresentará aos campo-grandenses a série “ExerSexies”, da coleção “Demiurgia”. A abertura da exposição é uma realização da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur).
“Essa coleção investiga, sobretudo, a procura pela identidade que eu vivia em meados dos anos 1990, quando a exposição ‘Sexualidade Humana’. Mas, interditada e cancelada por conta de alegações de cunho social, tradicional e moral. Eu deixei de participar de atividades relacionadas às artes visuais, mas não interrompi o trabalho”, comenta Anderson.
Sendo assim, o resultado é uma coletânea rompante de obras, em que as figuras conduzem o olhar do observador através dos grafismos e dinâmicas provocadas e proporcionam uma experiência de contemplação, interação, informação, debate e posicionamento. Por isso, o conteúdo explícito de algumas pinturas e da temática geral, a visitação para menores de 18 anos só será permitida mediante a presença dos pais ou responsáveis.
Sobre o artista responsável do Prêmio Ipê de Artes Visuais
Anderson Bosh é filho e neto de costureiras e descobriu a aptidão para as artes desde jovem. Ainda adolescente, já desenhava suas próprias roupas e também trajes para seus familiares, que inicialmente era confeccionados por sua mãe – com quem aprendeu a costurar. Na escola, encontrou no teatro e no balé formas de respeito sobre a tolerância por colegas e professores.
Conforme se desenvolvia como artista e como pessoa, Anderson passou a manifestar cada vez mais sua condição biológica de intersexualidade e transexualidade nas práticas criativas e artísticas. “Essa ânsia por falar sobre minha condição, me auto perceber e entender, me levou para o caminho da expressão, da criação, da arte, e nela encontrei janelas e portas abertas para experimentar, propor, falar, dialogar, debater e existir enquanto sujeito e artista”.
Serviço
A Galeria de Vidro fica na Avenida Calógeras, n.º 3.105, esquina com a Avenida Mato Grosso, no Centro. A exposição “ExerSexies” ficará aberta ao público por 15 dias.
Fonte: secturcg