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CPI do Transporte Público recebe denúncias em Campo Grande. Principais reclamações são má conservação, superlotação e ausência de veículos Foto: CM CG

CÂMARA: Ouvidoria da CPI do Transporte acolheu 641 denúncias; precariedade da frota é campeã de reclamações dos usuários

CPI do Transporte reúne 641 denúncias sobre transporte público em Campo Grande

A Câmara Municipal de Campo Grande divulgou o relatório consolidado da Ouvidoria da CPI do Transporte Público, que recebeu 641 denúncias durante os trabalhos investigativos da comissão. Assim, as principais reclamações feitas pelos usuários do transporte coletivo da Capital envolvem a má conservação dos ônibus, superlotação e a ausência de veículos nas linhas.

O documento destaca que 452 queixas foram catalogadas em temas especificados pelos denunciantes. Nesse sentido, o maior volume de denúncias, 168 no total, equivalente a 37,2%, está relacionado à falta de manutenção e ao estado precário dos veículos.

Ônibus quebrados e sujos

Dessa forma, os relatos envolvem ônibus quebrados, bem como sujos, com defeitos e em condições inadequadas de uso. A superlotação aparece sobretudo como a segunda queixa mais frequente, com 79 registros, o que corresponde a 17,5% do total. Em seguida, aparece a falta de ônibus, com 59 manifestações, ou seja, 13,1%.

Além disso, o relatório abordou outros pontos. Entre eles estão os atrasos constantes, com 34 queixas, e o atendimento precário aos usuários, com 21 registros. Os denunciantes também apontaram a má gestão do sistema, com 10 ocorrências, e condutas inadequadas por parte de motoristas, com 5. Além disso, registraram sugestões de melhoria, também somando 5 casos, e denúncias não especificadas, que totalizaram 4.

Falta de veículos

A análise evidenciou que problemas de ordem estrutural, como a conservação da frota e a falta de veículos, representam mais da metade das denúncias, alcançando 50,3%. Já os de natureza operacional, como superlotação, pontualidade e mau atendimento, somam 29,6% dos relatos.

Do total de registros, a maioria veio da Região Sul da cidade, com 27%. Em seguida, está a Região Central, com 16,2%, e a Região Norte, com 7,7%. Em 28,5% dos casos, não foi possível identificar a localidade da ocorrência.

A CPI do Transporte criou um sistema para investigar a qualidade e os contratos do serviço de transporte público em Campo Grande. A Ouvidoria, como canal direto com a população, foi essencial para reunir provas e subsidiar os trabalhos dos vereadores.

Investimento urgente

Entre as recomendações apresentadas, com base no relatório da Ouvidoria, está o investimento urgente em manutenção da frota. Além disso, destaca-se a necessidade de ampliação do número de veículos em circulação. Também se recomenda a melhoria na gestão do sistema. Por fim, solicitam atenção especial à Região Sul da Capital.

Indicaram como prioridade implantar um sistema de monitoramento da pontualidade e da qualidade do serviço. A CPI do Transporte Público encontra-se em sua última fase, de confecção do relatório final das investigações. A divulgação desse relatório está prevista para acontecer até o dia 15 de agosto.

Fonte: CM CG