Chamamé e costelão

Tradição e sabor – Chamamé, para os não iniciados, é uma dança e estilo musical tradicional da cultura gaúcha e argentina. Mas, com seus ritmos rápidos e uma mistura de influências indígenas e europeias, o Chamamé conta histórias através de acordes de sanfona e gaita. No evento, ele não será apenas pano de fundo – é a essência da festa, o que dá o tom da celebração. Enquanto a música embala o público, o fogo já estará aceso para preparar o aguardado Costelão no Fogo de Chão.

A carne estrela indiscutível do evento de Farroupilha em Campo Grande servida a partir do meio-dia, acompanhada de mandioca, farofa, arroz e saladas diversas. O almoço é vendido separadamente por R$ 60, se comprado antecipadamente, ou R$ 70 no dia, com a possibilidade de servir até duas pessoas. Para quem é mais prevenido e não quer correr o risco de ficar de fora, a reserva pode ser feita via WhatsApp (6799290-7049).

Crianças até 7 anos comem de graça, enquanto as de 8 a 12 pagam metade do preço. A promessa é de uma tarde sem pressa, com cheiro de churrasco no ar, música de raiz e uma conexão com as tradições do sul do Brasil, que ecoam forte no Mato Grosso do Sul.

A cultura longe de casa

Campo Grande pode não parecer, à primeira vista, o local mais natural para se celebrar a cultura gaúcha. Mas a capital sul-mato-grossense tem uma forte comunidade de descendentes de gaúchos que mantêm viva a chama dessas tradições. O CTG (Centro de Tradições Gaúchas) Farroupilha é o centro dessa vida cultural, onde o churrasco, o chimarrão e a música celebrados com fervor quase religioso.

Dessa forma, a Semana Farroupilha, celebrada em setembro, é um evento de profunda importância para quem carrega essa herança. E embora o foco esteja na música e no churrasco, há um significado maior por trás disso tudo. O evento é um espaço para reconectar as novas gerações com suas raízes e compartilhar essas tradições com o público local, que muitas vezes desconhece a profundidade dessa cultura.

O Chamamé, por exemplo, com suas raízes na cultura dos índios guaranis, misturado à influência europeia trazida pelos imigrantes, mostra como a identidade sulista é uma rica colcha de retalhos culturais. No palco do CTG Farroupilha, o que se verá no domingo é uma manifestação dessa fusão, embalada por acordes que evocam histórias de imigração, saudade e pertencimento.

Um domingo de música e fogo

Se por um lado, o evento serve como um reencontro com as tradições, por outro, é também uma oportunidade para quem nunca experimentou um Costelão no Fogo de Chão descobrir os segredos dessa técnica ancestral. Por isso, a carne, assada lentamente sobre a brasa, torna-se macia e suculenta, absorvendo o calor da lenha e o sabor do tempo. A paciência, assim como no Chamamé, é parte essencial do processo.

E para quem pensa que o domingo será apenas uma experiência sensorial – com sons e cheiros preenchendo o ar – vale lembrar que há algo profundamente social nesse tipo de encontro. São momentos em que a comunidade se une, seja em torno da música ou da mesa, compartilhando histórias, risadas e, claro, um bom pedaço de costela.

Sendo assim, o CTG Farroupilha, localizado na Avenida Heráclito Diniz de Figueiredo, 930, no bairro Monte Castelo em Campo Grande é o epicentro desse encontro de gerações e culturas, onde o novo e o antigo se encontram em harmonia. Seja você um gaúcho de coração ou apenas alguém curioso para experimentar uma fatia da cultura do sul, este domingo promete ser um dia de celebração. Afinal, no final das contas, todos somos um pouco gaúchos quando o cheiro do churrasco se mistura com a música e o riso.