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Negociação climática da COP29, resolveu pedir US$ 250 bilhões ao ano até 2035. Foto: Agência Brasil

COP29: Negociação climática propõe 250 bilhões de dólares ao ano

Partes demonstraram estar longe de consenso quanto ao pagamento

Uma segunda proposta para a Nova Meta Quantificada Global de Finanças (NCQG, na sigla em inglês) no valor de US$ 250 bilhões ao ano até 2035 foi levada (22) à mesa de negociação da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29). No último dia de negociações climáticas em Baku, no Azerbaijão, partes demonstram estar longe de consenso.⁣, contudo, ao decorrer do texto, entenda um pouco melhor sobre a negociação climática da COP29.

O novo texto determina que “as partes países desenvolvidos assumam a liderança do financiamento da ação climática às partes países em desenvolvimento”, a partir de uma ampla variedade de fontes. Públicas e privadas, bilaterais e multilaterais, incluindo fontes alternativas. O documento estabelece um objetivo escalonado de alcançar até 2035 um financiamento climático de US$1,3 trilhão ao ano.

Organizações sociais brasileiras que acompanham as negociações em Baku consideram a proposta muito ruim. E já convocam uma mobilização para que os países melhorem o texto final a partir da reflexão Nenhuma Decisão é Pior que uma Decisão Ruim.

Veja a declaração da especialista em políticas públicas da WWF Brasil, Tatiana Oliveira

“Nessa última interação, o número de parágrafos que refletem decisões consistentes diminuiu de 26 para quatro, em relação à proposta anterior. O valor da NCQG é infinitamente menor que o que a gente esperava”, afirma a especialista em políticas públicas da WWF Brasil, Tatiana Oliveira.

COP29: Negociação climática propõe 250 bilhões de dólares ao ano, veja mais informações sobre a proposta

De acordo com a analista, a ampliação das fontes financeiras também pode representar uma diminuição nos recursos públicos que tenham origem nos países desenvolvidos. Principais emissores de gases do efeito estufa que levam às mudanças climáticas. O mesmo ocorre com o convite aos países emergentes. Como a China, por exemplo, a fazer aportes adicionais, em especial à Cooperação Sul-Sul, com remessas voluntárias aos países menos desenvolvidos e mais vulneráveis. “Isso abre brechas para que a reivindicação dos países desenvolvidos de ampliar a base de países doadores seja cristalizada. Desfazendo o ‘princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas’ previsto no Acordo de Paris”

Míriam Garcia, gerente de políticas climáticas do WRI Brasil, opina que o texto ainda é uma proposta muito inicial e precisa de aprimoramento e ajustes, que as partes devem negociar nas próximas 40 horas

“É um texto que constrói pontes como uma opção de número inicial para que as partes possam se engajar e construir um consenso”, diz.

De acordo com Miriam, o grupo de países em desenvolvimento G77+China iniciou a construção de um acordo em torno do valor inicial de US$500 bilhões de financiamento pelos países desenvolvidos. O que não se traduziu neste segundo texto. Para a analista ainda há espaço para que o valor chegue próximo ao esperado. “Além do quantum, ainda será necessário melhorar a parte que trata a forma de financiamento, quanto será concessional, detalhar o financiamento para adaptação e até quem sabe dobrar o percentual na relação mitigação e adaptação”, explica.

Neste ano, a companhia elaborou um plano dividido em duas partes: o PE 2050, que propõe uma reflexão sobre o futuro do planeta. E o posicionamento da empresa em 2050. E o PN 2025-29, com metas de curto e médio prazo.

Fonte: Agência Brasil