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Com o peso maior de subsídios e impostos, a conta de luz subiu bem mais do que o custo de geração de energia no país desde 2015.

Conta de luz sobe 48,7% puxada por imposto e subsídio

Aumentos na conta de luz são acumulados desde 2015, quando país teve ‘tarifaço’ na fatura

Com o peso maior de subsídios e impostos, a conta de luz subiu bem mais do que o custo de geração de energia no país desde 2015. Naquele ano, portanto o brasileiro sofreu com um tarifaço que chegou a 70% em razão da medida provisória 579. Entretanto, baixou artificialmente os preços, antecipando a renovação das concessões e acabou provocando uma desorganização.

Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o preço por megawatt/hora da tarifa residencial subiu de R$ 462,80, em 2015, para R$ 688,30 no fim do ano passado. Isso significa um aumento de 48,7%. O custo de geração, que representa o aumento do preço da energia para a distribuidora, passou de R$ 202,70 para R$ 260,50 no período, um incremento de 28,5%.

A garfada de subsídios e impostos deve continuar aumentando nos próximos anos, segundo especialistas. Segundo a Aneel, a previsão é que os subsídios somem quase 13% das contas de luz pagas pelos brasileiros este ano, o equivalente a um montante de R$ 33,40 bilhões, com alta de 1,5% em relação ao ano passado ou meio bilhão de reais.

Interferência política

A somam aos subsídios os impostos federais, estaduais assim como municipais, o peso geral de encargos assim como tributos que chega a cerca de 40%. O custo da energia para o consumidor está subindo mesmo em um cenário de redução no preço da energia de fontes: solar, eólica assim como termelétricas a gás, motivada pelos leilões realizados nos últimos anos.

— Mas Esse benefício não chega na tarifa. E isso ocorre porque há muita interferência política na criação de subsídios e na sua distribuição. Um exemplo disso são as construções obrigatórias de termelétricas previstas no projeto de privatização da Eletrobras, que serão pagas em forma de subsídios e encargos. Nesse caso, o Congresso planejou até onde as térmicas serão construídas, definiu o volume da operação e ainda regulou o preço, afirma Santana.