Consórcio K&G é desclassificado no leilão da Rota da Celulose em MS
O Governo de MS decidiu rejeitar o recurso apresentado pelo Consórcio K&G, que havia ficado em primeiro lugar no leilão da Rota da Celulose. Embora o grupo tivesse ofertado o maior desconto, de 9%, com previsão de investimentos superiores a R$ 217 milhões, acabou eliminado por falhas na documentação. A decisão foi publicada (27) no Diário Oficial do Estado.
A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) acolheu o recurso do Consórcio Caminhos da Celulose. Este consórcio havia ficado em segundo lugar. Por conseguinte, a Agência declarou a inabilitação do K&G. Por fim, este é formado pelas empresas K Infra Concessões e Galápagos Participações.
Com isso, a CEL, em outras palavras, Comissão Especial de Licitação, convocou o Consórcio Caminhos da Celulose. O grupo deve apresentar a documentação de habilitação na sede da B3, em São Paulo. Essa apresentação será no dia 3 de setembro, entre 14h e 16h.
Quatro grupos disputaram a concessão. A concessão prevê mais de R$ 10 bilhões em investimentos. Assim, eles ocorrerão ao longo de três décadas. De antemão, serão R$ 6,9 bilhões em obras, bem como R$ 3,2 bilhões em custos operacionais. Adicionalmente, haverá concessão de 870,3 km de rodovias. Elas são estratégicas para o setor florestal. O Estado já tem quatro fábricas em operação. Entretanto, mais duas estão em andamento: a da Arauco e a da Bracell. A primeira fica em Inocência e a segunda em Bataguassu.
A chamada Rota da Celulose inclui trechos das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395, além das federais BR-262 e BR-267. O contrato exige manutenção, ampliação da capacidade e implantação de melhorias. Entre as obras previstas estão a duplicação de 115 km, construção de 457 km de acostamentos, 245 km de terceiras faixas, 38 km de contornos urbanos, além de passagens de fauna, pontes, passarelas e acessos.
Pedágio e tarifa
O projeto prevê 12 praças de pedágio distribuídas em Três Lagoas, Água Clara, Nova Andradina, Nova Alvorada do Sul, Ribas do Rio Pardo (2), Campo Grande (2), Santa Rita do Pardo (2) e Bataguassu (2).
O modelo adota o sistema de cobrança eletrônica Free-Flow, com tarifa de R$ 0,19 por km em pista simples e R$ 0,26 em duplicadas. A política tarifária também inclui desconto de 5% para quem utilizar tags, abatimento progressivo de até 20% para veículos de passeio que usarem a rodovia com frequência e isenção para motocicletas.
A expectativa do governo estadual é reduzir os gastos públicos, garantir a modernização das vias e impulsionar a economia da região leste do Estado, onde se concentra grande parte da cadeia produtiva da celulose.
Fonte: portalcelulose.com