A melhora repõe apenas 47% das perdas neste atributo ocorridas no quinto mês do ano
Divulgado nesta sexta-feira (24) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do Instituto Brasileiro de Economia (FGV-Ibre) subiu 3,5 pontos em junho e chega ao meio do ano em 79 pontos.
Aliás, o índice varia de zero a 200, e tem em 100 seu ponto de neutralidade. A partir do qual as variações interpretadas como tendências positivas ou negativas, de acordo com o sentido.
Assim, a melhora da confiança do consumidor foi percebida em todas as faixas de renda, mas não foi suficiente para repor integralmente as perdas na faixa mais pobre, com renda familiar de até R$ 2,1 mil. Nela, o resultado recupera apenas 45% do perdido em maio.
O resultado geral, no entanto, fez com que subisse também a média móvel trimestral, que se elevou em 1,4 e chegou a 77,7 pontos. O indicador formado por dois componentes, e ambos apresentaram variação positiva no sexto mês do ano: o Índice de Situação Atual subiu 1,3 ponto chegou a 70,4. Enquanto o Índice de Expectativas avançou 4,9 e chegou a 85,9 pontos.
Confiança do consumidor inconstante
Coordenadora das sondagens do Ibre, a economista Viviane Seda Bittencourt destaca que, apesar da melhora do indicador, a consulta mostra heterogeneidade na percepção dos consumidores.
“Mesmo considerando o pacote de incentivos financeiros, a avaliação sobre a situação no momento pelos consumidores com baixa renda continua piorando, enquanto suas perspectivas sobre os próximos meses continuam voláteis, revelando elevada incerteza. Já consumidores com renda mais alta percebem melhora da situação financeira e pelo segundo mês. Possivelmente, efeito do estímulo dado pelo governo”, afirma a economista.
A pesquisadora destaca que as perspectivas dos consumidores para os próximos seis meses foi o destaque da consulta. Portanto, esse atributo havia apresentado forte queda em maio.
A melhora repõe apenas 47% das perdas neste atributo ocorridas no quinto mês do ano.
Houve também melhora na intenção de compra de bens duráveis. Apesar da evolução, o nível segue abaixo do registrado no pré-pandemia.
Fonte: euqueroinvestir