Amanhã, quarta-feira (7), começa o conclave que terá a missão de escolher novo papa, após a morte de Francisco, confira
O Vaticano entra em clima de decisão com o início, nesta quarta-feira (7), do conclave que escolherá o novo papa da Igreja Católica. As cerimônias começam logo às 5h (horário de Brasília), com a tradicional missa votiva Pro Eligendo Romano Pontifice, celebrada na Basílica de São Pedro. A liturgia reúne os 133 cardeais eleitores e é dedicada a pedir orientação divina para a escolha do novo pontífice.
Às 11h30 (de Brasília), os cardeais se reúnem na Capela Paulina para rezar a Ladainha de Todos os Santos e seguem em procissão até a Capela Sistina. Lá, prestam juramento de fidelidade ao processo e de absoluto sigilo. Com a ordem extra omnes — que determina a saída de todos os não envolvidos na eleição —, inicia-se o período mais reservado e simbólico da Igreja: o conclave. O cardeal Raniero Cantalamessa, pregador oficial da Casa Pontifícia, fará uma breve meditação antes da primeira votação, ainda nesta quarta.
Desde (3), o Vaticano intensificou os preparativos
Equiparam a Capela Sistina com piso provisório, um fogareiro para incinerar os votos e a chaminé por onde a fumaça — preta ou branca — anunciará ao mundo o resultado de cada rodada. Desse modo, a visitação à capela, famosa pelos afrescos de Michelangelo, está suspensa durante todo o processo.
A partir de quinta-feira (8), os cardeais passarão a votar quatro vezes por dia — duas pela manhã e duas à tarde. Para eleger um nome, necessita-se de dois terços dos votos: ao menos 89. Ao final de cada rodada, queimam as cédulas. Contudo, a cor da fumaça indica o desfecho: preta, se não houve decisão; branca, se há um novo papa.
Se não houver eleição até o domingo (11), o conclave pode ser temporariamente suspenso para oração e conversas informais entre os eleitores. Todavia, o processo pode se estender por até 10 dias de votações, com pausas a cada sete rodadas. Se nenhum nome for escolhido na 33ª ou 34ª votação, os cardeais elegem os mais votados para disputar uma espécie de segundo turno — mas continuam exigindo 2/3 dos votos.
Sobretudo, em 2013, a última eleição papal elegeu Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, após dois dias e cinco votações, e ele se tornou o Papa Francisco — o primeiro latino-americano e jesuíta a ocupar o trono de São Pedro. Contudo, a eleição mais longa da história durou quase três anos, entre 1268 e 1271.
Por fim, agora, com a morte de Francisco, a Igreja volta seus olhos à Capela Sistina. Aguardando o momento em que se ouvirá o anúncio: “Habemus Papam”.
Fonte: infomoney
