Em 2022 o grão foi o principal produto de exportação de Mato Grosso do Sul
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para mais a estimativa da safra de soja 2022/2023 em Mato Grosso do Sul (MS). No levantamento divulgado em março, a projeção era da colheita de 13,764 milhões de toneladas. No novo relatório, apresentado (13), o volume deve chegar a 13,927 milhões de toneladas, o maior da história do estado.
Assim, a Conab aponta que o excesso de chuva entre a segunda quinzena de fevereiro e a primeira de março provocou atraso na colheita. Mas a abertura do tempo e o aumento de temperatura no mês passado possibilitou avanços e a aceleração da maturação das lavouras atrasadas.
“As lavouras tardias tiveram condições excelentes para o encerramento do ciclo, com alta umidade disponível no solo e são as áreas que estão apresentando as maiores produtividades”, aponta o novo levantamento.
Aliás, a companhia aponta que apesar dos contratempos no ciclo, a colheita deverá ser concluída até meados de abril, e com uma produtividade acima da estimada inicialmente. Além disso, o incremento no rendimento previsto é de 47,2% frente a safra passada. Saltando de 41,88 sacas por hectare para 61,66 sacas por hectare.
Com esse volume de produção, se fosse um país, Mato Grosso do Sul seria o quinto maior produtor mundial, conforme dados desde ciclo divulgados no dia 11 de abril pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Safra de soja em MS
O estado seria superado apenas pelo Brasil, que deve colher 154 milhões de toneladas, pelos Estados Unidos (116,3 milhões de toneladas), pela Argentina (27 milhões de toneladas) e pela China (20,2 milhões de toneladas).
A safra sul-mato-grossense deve ser equivalente, segundo os dados do USDA, a 3,7% do volume mundial do grão, que deve chegar a 369,6 milhões de toneladas.
Em âmbito nacional, de acordo com a Conab, Mato Grosso do Sul deve se manter como quinto maior produtor brasileiro. Apenas Mato Grosso (44,476 milhões de toneladas), Paraná (22,300 milhões de toneladas), Goiás (17,634 milhões de toneladas). E Rio Grande do Sul (14,513 milhões de toneladas), projetam volumes acima.
A instituição brasileira estima uma safra da oleaginosa no país em 153,6 milhões de toneladas, volume pouco abaixo da projeção do USDA.
Sendo assim, em 2022 o grão foi o principal produto de exportação de Mato Grosso do Sul. Foram 3,5 milhões de toneladas embarcadas para 17 destinos.
Fonte: G1
