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Mesmo durante a pandemia, Campo Grande conseguiu absorver a demanda de atendimentos psicossociais do complexo de saúde mental

SAÚDE MENTAL: Prefeitura inaugura complexo com dois centros e unidade

O serviço (UAI) oferecerá acolhimento transitório às crianças e adolescentes de 10 a 18 anos de idade, com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas

A Prefeitura de Campo Grande (MS) inaugurou (14) um novo complexo de saúde mental que irá abrigar diversos serviços voltados ao atendimento psicossocial da população. Inclui-se dois Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e uma Unidade de Acolhimento Infanto Juvenil (UAI). A primeira em funcionamento no Mato Grosso do Sul e a segunda do Centro-Oeste.

Durante a solenidade de abertura do complexo, o prefeito Marquinhos Trad destacou, portanto, a importância da ampliação do acesso ao atendimento e o acolhimento às pessoas com transtornos mentais e em situação de vulnerabilidade.

“Oportunizar  um tratamento adequado e dar condições favoráveis para que isso seja feito de uma melhor maneira possível, é de suma importância para que estas pessoas possam ser reintegradas à sociedade, tendo a sua cidadania e direitos preservados”, destaca.

Vagas para acolhimento de crianças e adolescentes

O novo espaço oportuniza a consolidação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), por meio da integração do CAPS Infanto Juvenil. Além do CAPS Afrodite Doris Conti. Assim, ambos funcionavam em locais distintos, além de possibilitar a abertura de um novo serviço no município, a UAI.

A UAI, portanto, contará com seis vagas para acolhimento de crianças e adolescentes em situação de extrema vulnerabilidade.  Desse modo, o serviço oferece acolhimento transitório às crianças e adolescentes de 10 a 18 anos de idade. Com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.

Residências multiprofissionais

“A unidade oferece cuidados contínuos e de proteção para este público. Pode, portanto, permanecer no serviço por até seis meses, em caráter voluntário”, explica a coordenadoria da RAPS, Ana Carolina Guimarães.

Além dos CAPSs e da UAI, o local receberá as residências multiprofissionais em saúde mental e médica em psiquiatria. Além do serviço de avaliação e acompanhamento de pessoas privadas de liberdade e de atendimento à população em situação de rua (Equipe Atenda).

Ampliação para complexo de Saúde mental

Segundo o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, com a transferência do CAPS IJ para o complexo, será possível utilizar o imóvel onde o serviço funcionava, no Bairro Gruanandi, para abrir o segundo CAPS Álcool e Drogas (AD) IV do município.

“Desta forma, nós iremos ampliar ainda mais a nossa capacidade, com mais um serviço voltado ao atendimento da população em intenso sofrimento mental decorrente do uso de crack, álcool e outras drogas”, disse.

O secretário destacou ainda que, mesmo durante o período de pandemia, Campo Grande conseguiu absorver a demanda de atendimentos psicossociais do complexo de saúde mental. E, portanto, manteve-se como a terceira capital do país em número de procedimentos realizados no primeiro semestre deste ano. Ficou, dessa maneira, atrás somente das cidades de Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR).

Estrutura de atendimento 

A Rede de Saúde Mental do Município é composta por 6 CAPSs, sendo 4 CAPS III, 1 CAPS A.D IV, 1 CAPS Infanto Juvenil, 1 Unidade de Acolhimento e 3 Residências Terapêuticas. Todas as unidades funcionam 24 horas por dia, com média de 1300 consultas ambulatoriais de saúde mental e 2000 mil atendimentos nos CAPS por mês. Somente a Rede Municipal possui 101 leitos para atendimentos de pacientes com problemas psiquiátricos ou usuários de álcool e droga.

Além da estrutura própria, o Município conta com 12 leitos contratualizados no Hospital Regional para atendimento de pacientes álcool e droga e 27 no Hospital Nosso Lar para atendimento de pacientes com transtornos psiquiátricos.