Robôs estão se tornando mais acessíveis e podem ajudar em atividades de risco ou de difícil acesso na agricultura
Os robôs e as máquinas também podem ter um impacto positivo na produção agrícola e já estão presentes na agricultura brasileira, desde a automação até a robótica.
Para o professor Roberto Fray, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo, o maior potencial de aplicação dos robôs é justamente na agricultura.
Segundo ele ao Jornal da USP, a adesão das máquinas nessa área vem crescendo nos últimos anos, principalmente devido aos novos sensores, equipamentos e à inteligência artificial.
Isso, por sua vez, muda como produtores encaram a agricultura.
Aplicações vão desde mapeamento até substituição da mão de obra humana
O professor deu alguns exemplos de onde esses robôs podem e já estão sendo empregados na agricultura brasileira, por exemplo:
- As máquinas podem substituir a mão de obra humana em funções de risco ou em ambientes insalubres;
- A aplicação mais comum dos robôs, que já está em andamento, é no mapeamento e na coleta de informações;
- Ele dá o exemplo de drones e robôs movidos a rodas que fazem levantamento de características do relevo, das plantas e do ambiente de produção, algo que, antes, era difícil de ser feito por humanos.
Outra vantagem dos robôs na agricultura brasileira é na parte energética:
Energia sempre foi um problema para os produtores. Na área de robótica hoje, com placas solares mais eficientes, já existem robôs que funcionam praticamente 100% com energia solar, então isso resolve um problema sério que nós tínhamos desde os anos 60. Como eu mantenho esse robô em um local que eu não tenho eletricidade, né? Eu não tenho fiação e infraestrutura disponíveis. Com as novas placas solares fica mais fácil de solucionar a questão. Roberto Fray
Robôs para agricultura estão ficando mais acessíveis
A implantação de robôs no setor agrícola começou como algo de difícil acesso, chegando primeiro a grandes produtores que podiam investir na tecnologia. Assim, o objetivo principal era mapear relevo e áreas de cultivo em grandes propriedades.
No entanto, com o tempo, os robôs estão ficando mais acessíveis também a pequenos produtores. Para eles, a principal aplicação são nas tarefas terrestres, cuidando de atividades importantes que podem, por exemplo, baratear a produção.
O professor destacou, assim, outras tendências que também estão despontando na união entre robôs e agricultura. Aliás, um deles é o robô modular, em que cada máquina é responsável por uma tarefa específica (como colheita ou plantio).
Fontes: olhar digital, jornal da USP