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O Senado vai votar a MP que limita os custos da energia ao consumidor, com o objetivo de impedir que a contratação obrigatória de usinas termelétricas aumente a conta de luz. Foto: agência senado

Comissão do Senado vota nesta terça MP que limita custos da energia ao consumidor

Comissão do Senado avalia medidas para reduzir custos da energia ao consumidor na terça-feira (28), às 16h

A Comissão do Senado e da Câmara mista da medida provisória que limita o repasse de custos do setor de energia elétrica ao consumidor (MP 1.304/2025) deve votar o relatório final nesta terça-feira (28), a partir das 16h. Sobretudo, o relator da MP é o senador Eduardo Braga (MDB-AM).

O objetivo da MP é evitar o aumento da conta de luz decorrente da contratação obrigatória de usinas termelétricas. A obrigação, contudo, vigora desde 17 de junho, quando o Congresso Nacional derrubou vetos presidenciais à Lei das Offshores, de 2025, para devolver ao texto a prorrogação de subsídios do Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa).

Todavia, segundo o Ministério de Minas e Energia, a decisão poderia gerar custos adicionais de até 35 bilhões de reais por ano. Atualmente, as empresas repassariam o valor estimado aos consumidores finais.

Entre as principais ações da MP estão:

Substituição das contratações compulsórias de usinas termelétricas inflexíveis por usinas hidrelétricas menores;
Limitação do repasse de custos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para as tarifas;
Novas condições para o acesso e a comercialização do gás natural pertencente à União.

Sobre medida provisória

Por fim, descubra o que é uma medida provisória.

Uma medida provisória (MP) é um instrumento legal usado pelo Presidente da República no Brasil para criar leis de forma rápida e urgente, sem passar primeiro pelo processo normal de votação no Congresso. Ela é prevista na Constituição Federal e tem força de lei assim que é publicada.

Aqui estão os pontos principais sobre uma medida provisória:

  1. Urgência e relevância: Usa-se a medida provisória apenas em casos de urgência e relevância, quando é necessário regular algo imediatamente.

2. Força de lei imediata: ao ser publicada no Diário Oficial, a MP passa a valer como lei imediatamente, sem precisar ser aprovada pelo Congresso.

3. Prazo de validade: O Congresso precisa aprovar a MP em até 60 dias, prorrogáveis por mais 60; caso contrário, ela perde a validade.

4. Aprovação pelo Congresso: Durante a validade, a MP precisa ser apreciada pelo Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado). Eles podem aprovar, alterar ou rejeitar a medida.

5. Conversão em lei: se aprovada, a MP se torna uma lei definitiva; se rejeitada ou se perder a validade, perde efeito desde sua publicação.

 Exemplo prático: O governo pode usar uma MP para limitar aumentos de energia elétrica, criar programas de auxílio financeiro emergencial ou regular questões tributárias urgentes. Antes que o Congresso vote uma lei permanente sobre o assunto.

Fonte: agência senado