A China vai fortalecer controles de preços sobre minério de ferro, cobre, milho e outras importantes commodities em seu 14° plano quinquenal, entre 2021 e 2025, visando endereçar flutuações anormais nos preços, disse o órgão estatal de planejamento nesta terça-feira.
O país também vai reforçar o monitoramento e as análises sobre preços de commodities como petróleo, gás e soja, afirmou a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC) em comunicado.
“(Governos locais) devem estudar e avaliar em profundidade os impactos de importações, fazer sugestões prontamente…(sobre questões) como reservas, importação e exportação, medidas fiscais e tributárias e de ajuste financeiro”, afirmou.
A NDRC também disse que as autoridades devem “ajustar razoavelmente os níveis de preço-alvo do algodão” e manter a política de preço mínimo de compra do país para arroz e trigo. O governo compra esses grãos dos agricultores a um preço mínimo quando o mercado cai abaixo desse nível.
O movimento ocorre em momento em que o governo chinês tem priorizado a garantia de segurança alimentar para sua população de 1,4 bilhão de pessoas.
A NDRC disse que estabelecerá uma oferta sólida de grãos e estabilizará os preços.
“Para indústrias eletrointensivas e alta emissão, (China) implementará preços de eletricidade diferenciados e escalonados … para promover a redução de carbono”, disse o comunicado.
Os preços das commodities na segunda maior economia do mundo tiveram grandes oscilações neste ano, impulsionadas pela recuperação da demanda pós-pandemia, pela grande liquidez global e por negociações especulativas.
As recentes medidas do governo chinês vêm após a alta dos preços dos metais ter contribuído para um aumento nos preços industriais e um crescimento mais lento na produção industrial em abril.
Fonte: Reuters