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A China lançou cápsula para resgatar astronautas presos no espaço, após grande imprevisto. Foto: Reprodução/ South China Morning Post

China lança cápsula para resgatar astronautas presos no espaço

A China iniciou uma grande operação no começo da semana ao enviar a cápsula Shenzhou 22 ao espaço para resgatar três astronautas presos

 A China iniciou na segunda-feira (24) uma operação incomum ao lançar a cápsula Shenzhou 22 do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan ao espaço; a espaçonave tem a missão de resgatar três astronautas, os trazendo de volta à Terra em segurança.

Veja o vídeo de lançamento da cápsula

Como os astronautas chegaram à situação atual

Os três astronautas chineses subiram ao espaço a bordo da nave Shenzhou 21 em 31 de outubro. Eles deveriam retornar à Terra em outra nave, a Shenzhou 20, uma vez que a 21 foi usada para trazer de volta outra tripulação que estava em missão no espaço.

O imprevisto: fissura na cápsula

Um imprevisto, no entanto, mudou os planos dos astronautas. Foi detectada uma fissura na janela da cápsula da Shenzhou 20. Causada aparentemente pela colisão com lixos espaciais.

Tripulação fica vulnerável

A fissura levou as autoridades chinesas a adiar o retorno da tripulação conforme o plano original. Com isso, os astronautas ficaram em situação vulnerável, ou seja, caso ocorresse algum problema na estação ou no ambiente ao redor, eles não teriam uma “embarcação de fuga” segura.

Lançamento da Shenzhou 22

Para resolver esse impasse, a China decidiu lançar a Shenzhou 22 como missão não tripulada de resgate e apoio. Sendo assim, com a nova nave em posição, os astronautas poderão completar o restante da missão de aproximadamente seis meses com o retorno garantido.

Planos futuros: Shenzhou 23

A China, inclusive, já tem outra missão engatilhada: a Shenzhou 23, programada para ser lançada em abril de 2026, sendo a substituta dessa tripulação.

O que é “resgate orbital”

Esse tipo de operação – lançar uma nave sem tripulação especialmente para garantir o retorno seguro de astronautas – é um exemplo de “resgate orbital” e evidencia como veículos espaciais estão sujeitos ao desgaste ou a impactos ambientais, como o de detritos.

Risco neutralizado

A acoplagem bem-sucedida da Shenzhou 22 à estação neutralizou a situação de risco imediato e garantiu aos astronautas a tranquilidade de que poderão retornar com segurança ao concluírem sua estadia.

Missão científica continua
A tripulação poderá seguir com as atividades científicas previstas até o fim da missão. Enquanto o programa espacial chinês avalia as implicações do dano identificado na Shenzhou 20. A agência espacial chinesa informou que manterá em órbita a cápsula com a janela danificada para experimentos. Mas não a usará para trazer a tripulação de volta para casa.

Ameaça do lixo espacial

Em conclusão, a operação reforça a necessidade de medidas constantes de segurança em missões tripuladas e evidência os desafios crescentes impostos pelo acúmulo de lixos espaciais em órbita.

Fonte: metrópoles