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Cassilândia se tornou o novo polo de produção de laranjas em MS, com isso, o município entra na mira dos grandes produtores de laranja, devendo ali serem plantados 3,2 mil hectares somente neste ano de 2025. Foto: Governo de MS

Cassilândia vira novo polo de produção de laranjas em MS e deve ter mais de 3 mil hectares plantados

Município de Cassilândia se tornou o novo polo de produção de laranjas, e agora, é alvo constante dos produtores da fruta em MS, confira

Cassilândia é o novo polo de produção de laranjas em Mato Grosso do sul (MS). Contudo, o município entra na mira dos grandes produtores de laranja, devendo ali serem plantados 3,2 mil hectares somente neste ano. Atualmente já há 800 hectares plantados no local – em todo o Estado a expectativa é que a citricultura chegue a 30 mil hectares plantados.

O Mato Grosso do Sul prepara legislações e ações em prol da citricultura para receber essa nova cultura no estado. Além disso, o planejamento estadual almeja buscar a industrialização da cadeia quando o total de hectares plantados se aproximar de 25 mil, explica o titular da Semadesc, Jaime Verruck.

“A citricultura vai bem nas áreas mais arenosas, com menor teor de argila, e isso é importante. Como a laranja está vindo com sistemas de irrigação, nós temos aí uma perspectiva de investimentos altos, mas com elevada produtividade. Além do clima, solo e áreas disponíveis, notamos em especial a migração de produção paulista de laranjas, em função da doença do greening”.

Confira os locais que já está ocorrendo cultivo de laranja

Atualmente o cultivo de laranja no Estado já ocorre em Campo Grande, Dois Irmãos do Buriti, Sidrolândia, Ribas do Rio Pardo, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Três Lagoas, Água Clara, Bataguassu, Chapadão do Sul, Figueirão, Terenos, Jaraguari Inocência e Paraíso das Águas.

Em Cassilândia, autoridades do Estado, município e representantes da empresa Frucamp discutiram o planejamento sobre o avanço da citricultura. Contudo, a laranja tem ciclo de produção de 20 anos, sendo que após o plantio a primeira safra acontece em três anos, se estabilizando após cinco. A colheita em Mato Grosso do Sul deve ocorrer entre maio e janeiro.

“É importante que tenhamos cuidado com as medidas preventivas contra o greening, doença que ameaça a produção de frutas cítricas em todo o mundo. A doença já provocou quedas significativas de produção na Flórida (EUA), por exemplo, mas em Mato Grosso do Sul adotamos uma política de tolerância zero contra ela. É fundamental que sejam plantadas apenas mudas certificadas e livres de contaminação”, frisa a coordenadora de Citricultura da Semadesc, Karla Nadai.

Ao lado dos fiscais estaduais agropecuários da Iagro, Cristiane Navarrete e Carlos Aparecido Barbosa, respectivamente de Paranaíba e de Cassilândia, Karla se reuniu com o prefeito de Cassilândia, Rodrigo de Freitas, e dos secretários municipais Edson Bobadilha (Desenvolvimento) e Bruna Fernandes (Administração) para discutir o avanço da citricultura na região.

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A bactéria, transmitida pelo inseto psilídeo, causa a doença do greening. Esse inseto se alimenta de plantas cítricas e pode infectar outras plantas. Por isso, é importante que a população esteja consciente sobre os riscos de comprar mudas de ambulantes. Pois a venda dessas mudas é proibida e representa risco para a citricultura local.

“Outro ponto que destacamos na reunião foi a proibição estadual da murta, conhecida como dama-da-noite. A murta serve como hospedeira do psilídeo, contribuindo para a disseminação do greening, o que pode trazer prejuízos irreversíveis à citricultura”, completa Nadai. A erradicação da murta é uma medida prevista na Lei Estadual nº 6.293, de 22 de agosto de 2024.

Já o prefeito Rodrigo de Freitas destacou a relevância da reunião e reforçou o compromisso da administração municipal em trabalhar ao lado do Estado e de empresas privadas para consolidar Cassilândia como um exemplo de desenvolvimento sustentável e competitivo.

Evolução da cadeia

Quanto a possibilidade de ampliar a cadeia de produção da citricultura do Estado com industrialização, o secretário estadual Jaime Verruck destaca que já há tratativas com a área industrial para que o processamento do suco também ocorra aqui.

“Vale a pena lembrar que o setor está gerando trabalho para pessoas daqui de Mato Grosso do Sul e de fora. A citricultura é altamente demandante de mão de obra”, enfatiza Verruck.

Fonte: Governo de MS