No momento, você está visualizando CARNE BARATA: Preço do boi gordo recua pelo país
Em 2025, o preço do boi gordo caiu no país, refletindo uma queda no mercado da carne. Foto: Freepik

CARNE BARATA: Preço do boi gordo recua pelo país

Preço do boi gordo recua em setembro e muda o cenário da carne no Brasil

O preço do boi gordo recuou pelo país em setembro, refletindo uma queda no mercado da carne que contrariou o comportamento esperado para o período. Normalmente, a oferta mais enxuta de animais prontos para o abate tende a sustentar cotações em alta, mas em 2025 a dinâmica se mostrou diferente.

Segundo pesquisadores do Cepea, confinadores reforçaram os lotes desde o início do ano, garantindo maior volume de animais disponíveis. As entregas programadas para setembro foram suficientes não apenas para abastecer o mercado interno, mas também para atender à forte demanda internacional. Esse cenário garantiu alongamento das escalas nos frigoríficos e, ao mesmo tempo, exerceu pressão de baixa sobre os preços.

Levantamentos do Cepea mostram que a desvalorização foi generalizada em diferentes regiões do país. O recuo mais expressivo ocorreu em Cuiabá, no Mato Grosso, estado que concentra o maior rebanho bovino do Brasil, tanto de pasto quanto confinado. Ali, a arroba caiu 4,5% apenas no mês de setembro.

Em São Paulo, principal referência do setor, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou o mês em R$ 304,10, queda de 2,1% em relação ao início do período. Apesar de menores, essas reduções chamaram atenção por acontecerem justamente em uma época em que o mercado costuma ser mais firme.

Queda no preço do boi gordo representa alivio para brasileiros

Para o consumidor brasileiro, a retração nos preços do boi gordo pode representar um alívio temporário. Quando o custo da arroba recua no campo, há espaço para que frigoríficos e varejistas repassem parte dessa queda ao preço da carne vendida nos açougues e supermercados. Isso pode significar promoções em cortes bovinos e maior competitividade frente a outras proteínas, como frango e suíno.

Por outro lado, especialistas alertam que esse movimento precisa ser acompanhado com cautela. Caso a demanda internacional siga firme e a oferta de animais diminua nos próximos meses, os preços podem voltar a subir rapidamente, encarecendo novamente a carne bovina no varejo.

O cenário atual mostra como o equilíbrio entre oferta e demanda influencia não só os produtores, mas também o consumidor final, que sente diretamente no bolso a oscilação dos preços de uma das proteínas mais tradicionais da mesa do brasileiro.

Fonte: capitalist