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Cerca de 100 mil pessoas acompanharam o mais tradicional desfile do país, na Marquês de Sapucaí, sambódromo pioneiro que completa quatro décadas neste ano

CARNAVAL: Grandes escolas saúdam os 40 anos da Sapucaí

Entre os destaques da noite, a Salgueiro iria homenagear a cultura do povo Yanomami

Seis escolas de samba do Grupo Especial abriram alas no carnaval do Rio de Janeiro, na noite de ontem. Cerca de 100 mil pessoas acompanharam o mais tradicional desfile do país, na Marquês de Sapucaí, sambódromo pioneiro que completa quatro décadas neste ano.

Assim, a Unidos do Porto da Pedra, de São Gonçalo, iniciou a festa com o enredo Lunário Perpétuo: a profética do saber popular, que conta as histórias de um livro com misticismo, filosofia e arte popular. O Lunário é famoso por seus conselhos e previsões que influenciaram a cultura nordestina. A lenda diz que os ensinamentos do livro foram ditados pelas estrelas para guiar os homens na terra. Desfilaram 3 mil pessoas, divididas em 32 alas e seis carros temáticos. Um dos carros, porém, quebrou em frente à cabine dos jurados.

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Aliás, entre os destaques da noite, a Salgueiro iria homenagear a cultura do povo Yanomami. O enredo Hutukara fala sobre a defesa da terra e dos indígenas. A agremiação da zona norte carioca também abordaria a crise humanitária que afligiu a etnia nos últimos anos, decorrente da fome e dos desequilíbrios ambientais provocados pelo garimpo ilegal.

Desfiles das escolas no carnaval

Atual campeã do carnaval carioca, a Imperatriz Leopoldinense se preparou para enveredar no mundo místico dos ciganos e a representação na literatura nordestina popular. Com a sorte virada para a Lua, segundo o testamento da cigana Esmeralda foi o enredo escolhido para o desfile. As escolas Beija-Flor, Unidos da Tijuca e Grande Rio também estavam programadas para cruzar a avenida ontem. Outras seis escolas passam pela Sapucaí na noite de hoje. Portanto, a vencedora será conhecida na Quarta-feira de Cinzas.

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Folia nas ruas – escolas no carnaval

Em São Paulo, megablocos levaram multidões às ruas. Aliás, o público era tão grande que os blocos de Pablo Vittar e de Michel Teló chegaram a se encontrar no entorno do Parque Ibirapuera.

Outra capital que também botou os blocos na rua foi Belo Horizonte, que reuniu multidões em mais de 30 bloquinhos. De acordo com a prefeitura da capital mineira, estima-se que, ao longo de todo o feriado, cerca de 5,5 milhões de foliões circulem pela cidade.

Assim no Nordeste, a festa foi animada nas ruas de Olinda e de Recife, em Pernambuco. Durante o dia, os foliões se reuniram nas famosas ladeiras da cidade histórica e investiram em fantasias. Assim, o tradicional Homem da Meia-Noite arrastou uma multidão de foliões pelas ruas de Olinda na noite do sábado de Zé Pereira e do domingo de carnaval com o tema Terra indígena. Além disso, o cortejo homenageou os povos originários Xukuru, o Caboclinho 7 Flechas e o cantor e compositor pernambucano Marron Brasileiro. Entre frevo, toré e caboclinho, o boneco gigante “mais amado do Brasil” destacou a diversidade e a riqueza dos povos indígenas.

Show

“Quando a gente pensou nesse tema, por incrível que pareça, pensamos mais nos valores do que no território, que também é tão significativo e importante. É um tema que aguça uma importante reflexão para a humanidade. Como a gente surge de um povo que trabalha coletivamente, respeita a ancestralidade e a natureza e a gente constrói uma sociedade tão individualista, tão desafiadora e tão cruel que a gente vive? Isso precisa ser refletido para que a gente possa se transformar e transformar o mundo. É um grito de alerta”, ressalta o presidente do Homem da Meia-Noite, o professor Luiz Adolpho. À noite, o agito foi no centro do Recife, que teve shows de Thiaguinho, Dilsinho bem como, Mumuzinho.

Em Salvador, o tradicional show de Ivete Sangalo colocou os “pipocas” para pular ao som do hit deste carnaval, Macetando, em parceria com a cantora Ludmilla. No entanto, o trio elétrico em que ela estava estragou e gerou um atraso de três horas na apresentação.

Fonte: correiobraziliense