Os desfiles das escolas de samba, na Avenida Alfredo Scaff, atraíram pelo menos 25 mil pessoas nos dois dias
A maior festa popular de Campo Grande, o Carnaval 2023, ocorreu em quatro dias de muita alegria para a população e trabalho coordenado pelas secretarias da Prefeitura Municipal e do Governo do Estado, que apoiaram os blocos e as agremiações dos desfiles das escolas de samba. Mais de 60 mil foliões passaram pelos blocos desde sábado até ontem. Já os desfiles das escolas de samba, na Avenida Alfredo Scaff, atraíram pelo menos 25 mil pessoas nos dois dias. Assim, os foliões curtiram as manifestações espalhadas pelos quatro cantos da Capital.
Por meio do trabalho da Guarda Civil Metropolitana, o Carnaval foi considerado tranquilo pelos foliões que contaram com o efetivo da GCM e policiamento da Polícia Militar. Foram colocados à disposição dos foliões cerca de 100 guardas civis, mais de 40 viaturas, drones. Além da tecnologia de câmeras instaladas ao longo da Rua 14 de julho já revitalizada, que provou ser eficaz com vários flagrantes durante esses festejos. Além disso, a Gerência do Centro de Controle de Operações disponibilizou o canal de emergência 153 para denúncias.
Aliás, o trânsito também passou por policiamento do Batalhão de Polícia Militar e da Agetran, que fez as interdições e organizou o fluxo de veículos no entorno dos locais de festejos. O SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) também se fez presente nos eventos para assegurar atendimento aos foliões.
Blocos E desfiles das escolas de samba
Para garantir o bem-estar dos foliões e a realização do evento, a Prefeitura ofereceu, também, apoio e suporte à Lienca (Liga Independente das Escolas de Samba da Capital). Desse modo, com os serviços de estrutura da arquibancada, a sonorização completa e 40 banheiros químicos instalados na Esplanada Ferroviária.
A secretária municipal de Cultura e Turismo de Campo Grande, Mara Bethânia Gurgel, avalia positivamente o Carnaval deste ano. “O Balanço é bastante positivo! Tivemos um carnaval do jeito que os foliões campo-grandenses buscavam, com segurança, harmonia, inclusivo e envolvendo todas as idades. Movimentamos economicamente nosso município, trouxemos fluxos turísticos de outras cidades para prestigiar nosso Carnaval. O respeito prevaleceu e foram dias de muita alegria e diversão, pelos quais os campo-grandenses estavam saudosos. De fato, o Carnaval de rua de Campo Grande é o maior do estado e conseguimos provar que é possível, através da colaboração de todos, realizar uma grande festa popular”.
O programador de sistemas Marcelo Brito, de 37 anos, disse que decidiu curtir a folia por causa das crianças e não se arrependeu. “Confesso que não sou muito do Carnaval e fico mais com o time da Netflix, mas com o feriado e as crianças em casa decidimos incluir os bloquinhos. E até o desfile na nossa programação e tem sido muito divertido. Ver gente de várias gerações reunidas, fantasiadas e aproveitando da até um gás para curtimos também”.
Foliões nos blocos e nos desfiles
Já a estudante Anna Clara Garcia, de 22 anos, destacou a segurança do evento. “ Aliás, eu estava bem ansiosa para ver como seria o Carnaval deste ano depois de todo esse tempo sem, e me surpreendi principalmente com a organização da festa. Tanto da parte dos bloquinhos, ambulantes, quanto a parte dos banheiros e a segurança da Guarda e PM. Que deixou a gente bem mais tranquila para curtir a folia”.
A comerciante Maria de Fátima Gurgel, de 58 anos, ressaltou que este foi o melhor carnaval de rua que ela participou em Campo Grande. “Eu sou do Rio de Janeiro, o Carnaval está no meu sangue e da minha família. É nossa época preferida do ano e antes íamos muito para curtir no Rio e cada vez menos temos ido. Certamente, o Carnaval da nossa cidade está cada vez melhor, mais divertido e organizado. Este ano para mim foi a melhor folia dos blocos, achei mais organizado. Portanto, é um privilégio poder curtir uma festa dessa sem precisar viajar”.
Para quem estava ansioso pela data para dar uma turbinada nas vendas, os dias foram de alegria e muito trabalho. “É uma das datas mais aguardadas para gente que trabalha como ambulante e a expectativa estava ainda maior depois desses dois anos e vou te falar que ela foi superada, estou saindo daqui com a caixa vazia e o bolso cheio”. Brincou José Magalhães, de 50 anos, que comercializou água e salgadinhos durante os blocos.
Há também quem junta o útil ao agradável. “Dinheiro nunca é demais né, ainda mais no começo de ano. Com todos os compromissos que temos, daí surgiu a ideia de juntar a brincadeira com uma forma de renda extra com os drinks. Eu já vinha para o carnaval, já ia preparar meus drinks para mim e as amigas e porque não comercializar e ganhar um extra também”. Pontua a veterinária Luana de Freitas, de 30 anos.
Erradicação do Trabalho Infantil
Com o tema “Brinque, pule, cuide”, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), por meio do Programa de Ações de Erradicação do Trabalho Infantil (AEPETI). Realizou nos 4 dias de carnaval uma ação de sensibilização sobre a importância de proteger crianças e adolescentes no período das festas carnavalescas e informar os canais de denúncias de violações de direitos.
Aliás, ao todo, 25 profissionais do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) e dos três Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) formaram as equipes que atuaram na Esplanada Ferroviária. Durante a apresentação dos blocos de rua e na Praça do Papa, onde ocorreram os desfiles.
Apoio aos ambulantes
Neste ano, a Sectur, em parceria com a Semadur, fez a organização dos mais de 100 vendedores ambulantes que se inscreveram para comercializar de maneira regular os alimentos e bebidas para atender os foliões durante a realização dos blocos.
Além disso, os ambulantes que atuaram no Carnaval de Campo Grande participaram, pela primeira vez, de um curso gratuito de Boas Práticas para Manipulação de Alimentos. Além disso, a qualificação foi promovida pela Secretaria de Cultura e Turismo (Sectur), Vigilância Sanitária (Visa). Associação dos Artesãos e de Comida Cultural, Típica, Regional e Familiar de Campo Grande (AACCGMS).
Entretanto, no treinamento, tiveram abordagem temas como Boas Práticas de Fabricação e Manipulação dos Alimentos; Exigências Sanitárias para Venda de Alimentos; Qualidade da Água para Consumo; Qualificação dos Fornecedores; Principais Irregularidades Encontradas nas Inspeções Durante os Carnavais e Festas Anteriores, dentre outros.
Saúde e prevenção
Equipes da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) intensificaram nos quatro dias de carnaval, ações de orientação e prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). As ações extramuro, como são chamadas, coordenadas pelo Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA). Sendo assim, têm o objetivo de orientar aos foliões sobre onde e como buscar por atendimento e tratamento no caso de uma exposição de risco a qualquer IST.
Contudo, as equipes percorreram os blocos e os desfiles das escolas de samba com entrega de preservativos e material informativo sobre a profilaxia pós-exposição. Portanto, o objetivo é reforçar as orientações sobre como aproveitar o carnaval de forma segura. Em caso de exposição de risco, o recomendável é buscar uma unidade 24 horas e o tratamento em até 72h.
Logo após o carnaval, o folião também pode buscar qualquer uma das unidades de saúde da Capital para realizar o teste rápido para diagnóstico de Hepatites B e C, Sífilis e HIV.
Transporte
A Prefeitura também colocou em operação um plano ‘especial’ para atender os usuários que foram prestigiar os desfiles das escolas de samba e utilizam o transporte público coletivo. Aliás, nos dias 21 e 22 teve disponibilização uma linha especial com saída da Praça Ary Coelho até a Praça do Papa.
Fonte: PM de Campo Grande